17 dezembro 2010

estação meteorológica em casa

Não é difícil instalar e nem tão caro ter uma estação meteorológica em casa, ou perto da rampa, e disponibilizar os dados na internet para informar as condições do micro-clima aos voadores de plantão.
Por menos de 2 mil reais, a Azula http://www.azula.com.br/ oferece em promoção a Estação Meteorológica Profissional Oregon Scientific WMR928NX equipada com sensores remotos sem fio para coleta de:
* Precipitação Pluviométrica;
* Temperatura Interna e Externa;
* Armazena em memória temperatura mínima e máxima;
* Umidade relativa do ar;
* Armazena em memória Umidade relativa mínima e máxima;
* Anemômetro (velocidade do vento);
* Direção do vento;
* Temperatura aparente do Vento (wind chill - sensação térmica);
* Ponto de Orvalho (Dew Point);
* Pressão Barométrica (valor absoluto e gráfico da variação nas últimas 24 horas);

Veja o manual da estação em:
http://www.azulamarine.com.br/Manuais/Oregons%20Scientific/WMR928F.pdf
e um exemplo dos dados disponibilizados gratiutamente no site do Weather Underground, por uma estação localizada em São Leopoldo, RS: http://www.wunderground.com/weatherstation/WXDailyHistory.asp?ID=IRSSOLEO2

23 outubro 2010

quem representará o Brasil no Mundial 2011?


O primeiro ponto a ser definido é o ranking dos pilotos brasileiros, e para isto temos duas etapas do Campeonato Brasileiro realizadas, de onde já temos um ranking. Se o resultado atual vai ser observado, ou será acrescentado o resultado da primeira etapa de 2011 do Campeonato Brasileiro, é uma questão a ser definida.
O que está certo é que a FAI só reconhecerá os pilotos indicados através da CAB - COMISSÃO de AERODESPORTO BRASILEIRA, por ser a entidade que representa o aerodesporto junto a FAI, desde o último dia 8 de outubro, quando reconheceu definitivamente a CAB como membro efetivo da FAI, na sua 104ª Conferência Geral, em Dublim; nesta conferência também foi proposto que o Brasil assumisse uma das Vice-Presidências da FAI, sendo indicado e eleito para Vice-Presidente da FAI o Vice-Pres. da CAB – Flavio Oliva.
O voo livre está representado pela ABVL junto a CAB, que é composta pelas entidades de maior representatividade nacional de cada modalidade aerodesportiva praticada no Brasil, desta forma a ABVL está conectada a FAI como única entidade habilitada a representar o voo livre junto a Fededração Aeronautica Internacional.
Pela nova lógica oficializada na 104ª Conferência Geral da FAI, os pilotos indicados pela ABVL estarão aptos a representar o Brasil na 12th FAI World Paragliding Championship, em Piedrahita, na Espanha, de 3 a 16 de julho de 2011. Esteremos torcendo pela equipe brasileira.
O reconhecimento da CAB como representante do aerodesporto brasileiro pela FAI resultou do empenho de muitos, durante os últimos quatro anos, e certamente marca a renovação na representatividade desta modalidade esportiva.


http://www.cab.org.br/

http://events.fai.org/event?i=5948&f=60

http://www.abvl.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=41:cab-e-o-novo-nac-brasil-na-fai-&catid=39:cab

15 outubro 2010

videomaker do voo livre

Pesquise neilobao10 no YOUTUBE e serão listados 71 vídeos feitos por Nei Lobão, o videomaker do voo livre, por onde ele voa tudo é registrado, como se fosse um diário. Muitas vezes deixa para decolar por último, para ter imagens de todos os pilotos que lá estavam, compartilhando os céus com ele.
Muitos locais de voo estão apresentados nos seus vídeos, um meio para conhecermos as rampas e avaliar as condições para o voo por onde ele passou, como Santa Teresinha, e vários outros sitios na Bahia, Alfredo Chaves e Castelo no Espirito Santo, Andradas em Minas, e Jaraguá em Goiás, de onde podemos destacar o DECOLAGEM ADRENADA EM JARAGUÁ GO, uma reunião de muitas decolagens com vento forte, característico daquela região.



Fica o registro de uma referência no YOUTUBE para vídeos de muitos locais de voo:
http://www.youtube.com/results?search_query=neilobao10&suggested_categories=17&page=1
Em tempo: Jordãozinho é outro videomeker, com 66 vídeos sobre voo livre: http://www.youtube.com/user/andersonapbueno

14 outubro 2010

previsões para Botucatu - SP

Botucatu sediará a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Paraglider, entre os dias 17 e 23 de outubro, confira informações no site http://www.nabasedanuvem.com.br/, e previsões do clima no WindGURU, veja link na aba previsões do blog http://paraca2010.blogspot.com/

06 outubro 2010

02 outubro 2010

+ duas colisões no Sul

No final de semana, dias 25 e 26 de setembro de 2010, aconteceram mais duas colisões entre paragliders, desta vez em Carlos Barbosa / São Vendelino, RS, durante a realização da quarta etapa do Campeonato Gaucho de Paraglider. No sábado, durante a prova, a primeira colisão entre dois competidores, e no domingo outra, logo após uma decolagem.
Agora somamos quatro colisões em seis meses no sul do Brasil. Vários pilotos tem declarado que costumam abandonar o voo quando percebem que o espaço aéreo está inseguro, considerando a quantidade de pilotos num mesmo local.
Discutimos em lista alternativas para melhorar as condições de segurança para o voo livre, definindo apenas a possibilidade de realizar uma campanha de divulgação das regras de tráfego aéreo no voo livre, a ser feita por pilotos independentes.
Relatar os acidentes é uma forma de alertar para os riscos que os pilotos estão correndo, uma forma de promover segurança; neste sentido gostaria de sugerir que todas as comunicações sobre eventos de voo incluam nos resultados todos os incidentes e acidentes. Esta seria uma forma de comprometimento com a qualificação do voo livre, reconhecer os erros para poder corrigir.
Detectar falhas e propor mudanças é uma forma de evitar recorrer no mesmo erro. Problemas na decolagem, durante uma janela de prova de campeonato, podem indicar a necessidade de qualificar a atuação do fiscal de rampa e dos auxiliares, por exemplo. Tenho acompanhado vários acidentes nas competições que participei, posso lamentar pelos prejuízos, mas o que mais me impressiona é que nada tem sido feito para qualificar a modalidade esportiva voo livre, a partir das falhas cometidas.
Cabe acrescentar dois exemplos, de relatos disponíveis sobre a quarta etapa do Campeonato Gaucho de Paraglider, onde não há nenhuma menção aos acidentes ocorridos: http://www.fgvl.com.br/ e http://xc.guiadevoo.com/blog.aspx?postid=1218
No SIV os incidentes são provocados para que o piloto experimente uma situação e promova a correção, nos acidentes reais podemos, no máximo, tentar compreender o que aconteceu, para propor cuidados a serem observados, e assim acumular conhecimento.

09 setembro 2010

colisão entre paragliders

Fui informado que há alguns meses, em Sapiranga, aconteceu a colisão entre dois paragliders, e agora outro acidente igual, assim são duas colisões num período de seis meses. Sem saber as condições que levaram a estes acidentes fica difícil imaginar cuidados a mais que devam ser tomados por todos os pilotos que voam neste local.
No Youtube um exemplo de colisão:

http://www.youtube.com/watch?v=YytOBm6Fp0M

05 setembro 2010

acidente aéreo em Sapiranga


No final da tarde deste domingo, em Sapiranga, RS, ocorreu a colisão entre dois paragliders em voo próximo a montanha, Ferrabraz, quando os pilotos já se dirigiam para o pouso.
Resultaram apenas danos materiais, onde um piloto teve seu capacete arrancado, que ficou pendurado pelo fio do PTT, e no outro paraglider a parede interna entre duas células centrais foi rompida, cerca de 20 cm na direção entre a boca e o bordo de fuga, e também nas costuras junto ao intradorso e ao extradorso, cerca de 30 cm em cada uma.
Os danos materiais podem facilmente ser raparados, mas são estes que caracterizam um acidente que na aviação civil é analisado com o objetivo de evitar sua recorrência, uma prática que pode contribuir para a evolução do voo livre como esporte na Brasil.

27 agosto 2010

segurança de voo na aviação civil / voo livre

aeronave / pessoal / aeródromo / operação / navegação aérea / investigação de acidentes

Encontrei na Wikipédia um artigo sobre segurança aérea que contribui com o voo livre nomeando os elementos que fazem parte do voo, e que podemos analisar para aprimorar as rotinas que promovam maior segurança.
O artigo destaca que: 
a segurança aérea depende de uma doutrina ou filosofia de trabalho, baseada em atitude pessoal preventiva e que leva em conta três elementos: o Homem, a Máquina e o Meio.
Compreendo que não basta escolher um paraglider homologado com alto índice de segurança sem que o piloto faça a sua parte, que saiba analisar as condições climáticas e do local de voo de modo a evitar se expor a algum risco que pode estar anunciado.
Evitar re-ocorrências de acidentes e incidentes depende de conhecimento e empenho por parte dos pilotos, onde a análise de acidentes gera conhecimento.
Poderia fazer parte dos resultados de um campeonato, além de nomeados os primeiros colocados, também os acidentes e incidentes ocorridos, com as recomendações para evitar que se repitam em outros eventos. Estas análises certamente dariam uma melhor visão do local onde foi realizado o campeonato, apontando limitações e dificuldades para o voo livre naquela região, e os cuidados que os pilotos devem ter.

Aproveito para registrar que o que ainda me impressiona é o silêncio quando se fala em pensar sobre segurança no voo livre.

26 agosto 2010

download grátis: Cross Country Travel Guide 2010/11

...com a idéia de criar um guia para "um ano perfeito", imaginamos um piloto que teria um ano de folga, fundos ilimitados, e uma passagem aberta. Onde é que ele iria? O que faria? Que tipo de vôo que ele teria?
O resultado é este, mais de 20 entre os melhores locais de voo no planeta:
Cross Country Travel Guide 2010/11
DOWNLOAD GRÁTIS

22 agosto 2010

fumaça das queimadas impede o voo livre no sul do Brasil

As queimadas no Centro-oeste e Norte do Brasil, na Bolívia e norte da Argentina estão deixando o céu cinza e a visibilidade reduzida na região Sul, os ventos trazem a fumaça e fuligem que já causaram chuva ácida por aqui. A atividade térmica fica reduzida mesmo com as temperaturas elevadas e sem nuvens, pois as partículas de cinzas filtram os raios de sol, não havendo gradientes significativos. Os ventos ao nível do solo também tem estado reduzidos. O resultado são pilotos em terra, primeiro por causa das chuvas, agora por causa das queimadas.
O blog da Metsul faz um parecer muito completo sobre o fenômeno que estamos vivenciando, vale conferir em http://www.metsul.com/blog/.

Na imagem o modelo de fumaça operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para o início da semana.

19 agosto 2010

Delta Ozone no Brasil

Vi o Delta voando em Nova Petrópolis, RS, ontem, até toquei nele. Dois aspectos me chamaram a atenção, a altura das células e a semelhança com o projeto do R10.2:
- com realação a altura é coerente, aumentando a distância entre os apoios a altura das vigas deve ser aumentada como recurso mais simples;
- do R10.2 ficaram a estrutura de subdivisão das células no bordo de fuga, imagino que com isto ele seja mais resistente às deformações quando acionado o freio, e o uso do rigifoil iniciando na ancoragem das linhas A no intradorso e indo até o extradorso, isto permite que a ancoragem das linhas A esteja mais distante do bordo de ataque, o que também contribui no reforço das vigas que formam as células;
- são 9 linhas de cada lado, mais os freios.
Voou alto, bem alto.
pela atenção do cusco, acho que é bom prá...

1º OPEN FEMININO DE PARAGLIDER

O 1º OPEN FEMININO DE PARAGLIDER será realizado em Áger, na Espanha, entre os dias 21 e 28 de agosto, estarão participando cerca de 80 pilotos. A representante brasileira será Domenica Tcacenco, que tenha bons voos por lá, estaremos na torcida.
O campeonato é organizado pela Womens Paragliding Association, criada em março de 2010, tem a polonesa Klaudia Bulgakow como presidente, seu blog http://ars-media.org/contact/.
Vaja mais sobre o campeonato no site oficial http://www.womenspgopen.org/, inclui fotos da região de Áger, em galeria, no blog da Domenica http://www.flydomenica.com/, no site da Airboysteam http://airboysteam.com/?p=2758, e também no blog do Womens Paragliding Open http://womenspgopen.blogspot.com/.

16 agosto 2010

a bordo do Boomerang GTO



Boomerang GTO com L/D de 10,4 medido pela revista Parapente Mag, e um afundamento mínimo de 0,96 m/s na carga alar máxima.
http://www.youtube.com/watch?v=PYZ_Vh6CLBc

08 agosto 2010

Boomerang GTO

A ojovolador.com publicou, em julho, uma reportagem analisando o Boomerang GTO da Gin, onde diz que é uma das “joias” desta temporada, e alguns pilotos descrevem suas impressões sobre este novo projeto. Confira em:
http://www.ojovolador.com/es/lee/tests/boomeranggto/

equipamento para treinar a força G



http://www.youtube.com/watch?v=hoUBOT5B7uI

07 agosto 2010

PWC em Portugal

Neste domingo, 8 de agosto, inicia a etapa de Portugal do PWC, em Linhares da Beira.
Até o dia 14 alguns pilotos brasileiros estarão voando e competindo na Serra da Estrela.
O site oficial do evento está no link http://www.sam-cam.com/pwc2010/ ou PWC oficial e resultados em resultados PWC
Previsões do clima para a região podem ser obtidas no Windguru em windguru-serra-da-estrela
Diário do campeonato no blog do Claytin no XC guia de voo.
Bons voos a todos.

05 agosto 2010

Altitude possível em Sapiranga - RS

O gráfico abaixo demonstra as altitudes obtidas nos voos de paraglider por mim realizados, em Sapiranga, RS, no período de maio/2009 a maio/2010. Apenas em dois voos a altitude superou os 1.500 metros acima do nível do mar, e analisando a caderneta de voos, no ano anterior nenhum voo superou esta altitude.
No Ferrabraz temos duas rampas, uma Sudoeste com 500 metros, e outra Sudeste com 530 metros de desnível ao pouso, que está 50 metros acima do nível do mar, um fator que qualifica o voo contemplativo na região.

Visualizando o gráfico poderíamos imaginar uma linha próxima de 900 metros como altitude média.
Também podemos concluir que na latitude 30º, onde se localiza Sapiranga e outras rampas do RS, a camada de ar que aquece durante o dia é menos espessa que nas regiões com latitude 15º, como em Jaraguá, GO, por exemplo, onde o teto de voo pode ultrapassar os 3.000 metros do nível do mar. Outro ponto a considerar é a proximidade ao oceano, cerca de 90 km, pois ventos leste e sudeste trazem a umidade que influencia o clima da região de voo.
O teto de voo, ou a altitude possível a ser alcançada, e que geralmente está limitada pela linha de inversão térmica, é um condicionante importante para os voos de distância e de triangulação, configurados em provas de campeonatos, por exemplo, pois com pouca altitude temos pouca autonomia para vencer as distâncias e buscar novas térmicas; os paragliders com l/d cada vez maiores contribuem para minimizar este fator natural que limita e caracteriza cada região em que o voo livre é praticado.
Destaco o voo recente feito pelo Carlos Strassburguer, neste inverno, que decolando do Ferrabraz alcançou 52 km na direção lestesudeste, com altitude máxima de 1.088 m, pilotando um Gin Boomerang GTO.

03 agosto 2010

Infinity Himalaya



Horacio Lorens, no Himalaya, com o record do infinity tumbling, um clip do filme que vai ser apresentado na Copa Icaro em setembro.

29 julho 2010

previsão de ventos e rajadas

NOVIDADE: o windguru está divulgando a previsão das rajadas, veja exemplo em
http://www.windguru.cz/pt/index.php?vs=1&sc=218800
ou na aba previsões vá direto à previsão do local que lhe interessa.

JARAGUÁ, e depois?

O paraíso do voo livre, Jaraguá, oferece condições ideais aos voos de cross country para pilotos com todas as classes de gliders. Piloto com vela DHV 1/2 faz mais de 100 km, é surpreendente. A rampa ampliada e quiosques são as novidades de 2010. XCerrado entra para o calendário do voo no Brasil, em julho. Pilotos locais formaram uma equipe exemplar na organização da competição, e na recepção a todos que vieram de vários Estados.
A condição para o voo é fantástica, permite voos de longa distância com tetos muitas vezes acima de 3.000 metros do nível do mar. Reduzir um voo em Jaraguá aos quilômetros percorridos é pouco, são tantos detalhes novos que a maioria dos pilotos experimentam que fica difícil relatar todos eles, ou as conversas são longas na volta dos resgates, com as  muitas histórias que cada um tem para contar. Ser recebido em Morro Agudo com foguetes e churrasco é muito bom. Ter carona do pessoal local antes de dobrar a vela é comum.

E depois, quando voltamos para nossos sitios de voo, qual a comparação possível?
No RS raramente temos teto acima de 1.500 metros, nem todas montanhas possiblitam sair para trás, muitas regiões com pousos restritos pelo relevo acidentado e matas preservadas nas encostas, áreas urbanas na linha de possíveis tiradas. Fernando Gabeira disse que para conhecer seu país é preciso sair dele.

Vários pilotos do RS ficaram nas primeiras posições do XCerrado. Aqui, em geral, as térmicas são fracas e muitas vezes a diversão possível é liftar e treinar o giro para subir nas ascendentes. Talvez uma condição mais amena permita conhecer com mais tranquilidade a dinâmica das termais, e com isto aprimorar a pilotagem. Alguns pilotos ficaram nauseados com a turbulência das termais, em Jaraguá.

Jaraguá GO julho/2010

12 julho 2010

NOVA ETAPA no projeto dos paragliders

Os paragliders lançados nos últimos meses têm uma característica comum: a utilização de rigid foil para aumentar a estabilidade da forma das velas, e com isto reduzir a quantidade de linhas, que por sua vez reduz o arrasto e aumenta a performance em relação à velocidade.
Vendo de perto várias velas, pode-se observar no detalhe como cada projeto utilizou o recurso do rigd foil, em geral para garantir o perfil do bordo de ataque, e também para ampliar a distribuição das forças nos pontos de ancoragem das linhas; neste caso é interessante a solução adotada no U Sport, onde o rigd foil está em forma de arco no ponto em que as linhas se unem à vela. O Stratus Core, competition da Swing, tem três setores com rigid foil, no sentido transversal da vela. No Mantra R10.2 o bordo de ataque está estruturado desde o intradorso até o extra dorso com uma peça inteira de rigid foil ao longo da costura das células, e tem apenas sete linhas em cada lado, presas a dois tirantes, o A com quatro linhas, e o B com tres. O Boomerang GTO tem o rigid foil no centro das células, no extra dorso, o que visivelmente garante a forma do bordo de ataque e as bocas de entrada de ar perfeitamente abertas. O Trango XC usa o rigid foil ao longo das costuras das células, e são mais longos nos pontos onde as linhas do tirante A se unem à vela.
Os Paragliders DHV 2 também estão estruturados com rigid foil, combinados com as placas de Kevlar para reduzí-las e manter a forma do bordo de ataque. O Astral 6, da Swing, e o Synergy 4, da Sol, usam este recurso.
Temos aí um recuso técnico usado no projeto dos paragliders e que marca o início desta nova década.
As fotos mostram um Boomerang 7 e um Mantra R10.2, que começaram a voar no RS, na última semana.

2010 um ano com poucos voos pelo planeta

Poucas provas foram realizadas ou validadas nas etapas do PWC em 2010, a condição climática tem sido severa pelo planeta nos últimos meses.

Itália       1 prova e meia - julho
Grécia    4 provas - junho
China     2 provas e mais nem meia - junho
Japão     4 provas e mais nem meia, só duas valeram 1000 - maio
Brasil     2 provas - abril

Faltam a etapa de Portugal, em agosto, e a superfinal na Turquia, em setembro.

Parece que o clima não está colaborando com o voo livre em 2010, fica comprovado pelos resultados até aqui.
A natureza tem provocado fortes chuvas e enchentes, e agoras fortes calores na América do Norte, com previsão de frio bem abaixo da média para o hemisfério sul, que atingirá até o Acre, nesta semana.

Mais informações sobre as previsões na região sul veja em http://www.metsul.com/blog/

10 julho 2010

03 julho 2010

voo contemplativo no NINHO DAS ÁGUIAS


Foram 102 minutos de permanência num lift com termais em bolhas que se alternavam ao longo da cordilheira, uma boa oportunidade para observar os ciclos com que estas bolhas apareciam para que os paragliders subissem com elas.
Foi possível encontrar novas termais onde não havia nenhum paraglider, pois enquanto todos subiam num ponto da cordilheira em outro local novas bolhas começavam a se manifestar, com isto o voo se tornou mais longo, até que a atividade térmica ficasse mais fraca, com o sol mais inclinado, e um a um indo para o pouso por falta de sustentação; o teto conseguido foi de 915 metros, 250 acima da rampa, com taxas de subida de 2,8 m/s, no sábado 3 de julho do inverno de 2010, em Nova Petrópolis, RS.


VOO CONTEMPLATIVO: é aquele voo no qual o piloto defruta o prazer de voar, simplesmente, em todos os momentos, obeservando a paisagem, o movimento dos outros paragliders, os urubus e as termais, sem pressa de chegar em algum lugar predeterminado.

25 junho 2010

cross country no RS


No Rio Grande do Sul, todo ano, de julho a julho, é realizado o CAMPEONATO CHARLES FERRAZ DE CROSS COUNTRY DE PARAGLIDER, computando os três voos de maior distância de cada piloto.

Na tabela abaixo fica o registro dos voos realizados num período marcado pela ação do El Niño.

Parabéns a todos que buscaram fazer bons voos, com tão poucas oportunidades, condicionadas pelo clima desfavorável.

02 junho 2010

SEGURANÇA / comissões técnicas



Promover maior segurança no voo livre É UM DEVER cotidiano, por parte de cada piloto, de cada Clube, pelas instâncias estaduais e nacionais, e em cada sítio de voo.

O projeto CPEA da ABP propõe a avaliação de acidentes de forma bastante abrangente, quase como se fosse um inquérito policial, prevendo inclusive perícia de materias; é um esforço importante, espero que se desenvolva para trazer benefícios ao voo livre.

A segurança e prevenção de acidentes deve ser cotidianamente pensada e implementada, especialmente através de ações educativas, e em todos os sítios de voo. Precisamos criar ações muito próximas a todos os pilotos, novatos e experientes.

Uma rampa com vários casos de arborizadas nas decolagens requer análise para detectar causas prováveis, e promover ações preventivas. As etapas de campeonatos e festivais precisam ser analisados sob o ponto de vista dos acidentes ocorridos, que depois de relatados e avaliados permitam propor soluções para que não se repitam.

Tenho acompanhado etapas de campeonatos com média de um acidente/incidente para cada 25 pilotos participantes, é um índice muito alto, precisamos reduzir isto, perguntando: o que está errado? os sítios são próprios para a realização de etapas de campeonatos? existem pousos adequados em todo trajeto da prova? a média dos voos na região, durante o ano, são equivalentes aos definidos para uma prova com mais de 20 km? os tetos na região permitem os voos de termal para alcançar os pilões? o número de participantes é adequado às condições da rampa? as datas privilegiam a melhor época para voar naquele local, considerando o microclima? Neste caso a responsabilidade sobre a segurança começa na definição dos locais e datas que vão sediar as etapas.

A criação de Comissões Técnicas em cada sítio de voo, compostas por pilotos dispostos a colaborar, seria uma medida importante para promover a segurança. Estas Comissões estariam incumbidas de relatar os acidentes/incidentes, quantificar e analisar, podendo pedir auxílio a pilotos mais experientes, sempre que necessário. Com os resultados de uma análise podemos propor ações educativas, definir o tipo de voo que potencialmente a região oferece, e até desaconselhar o voo em algum local de maior risco, ou com alto índice de acidentes. A informação sobre os sítio de voo é muito importante para promover a segurança, pois pilotos inexperientes ou desavisados podem repetir erros comuns.

Minha sugestão é que pequenas Comissões Técnicas podem promover ações muito importantes para que seja reduzido o índice de acidentes no voo livre, no Brasil, pois o reconhecimento ao trabalho de uma equipe legitima suas deliberações, e as ações se tornam mais eficazes. Cada sítio ou Clube de voo tem condições de organizar um grupo para trabalhar em benefício da segurança e com isto promover o voo livre na sua região, divulgando suas ações em todos os veículos possíveís, atingindo os pilotos que ali vooam e o público em geral.

A troca de experiências é fundamental para que as ações que demosntram eficiência possam ser aproveitadas por outros grupos no trabalho pela segurança no voo livre.

Este é o desenho de um projeto simples para promover a segurança no voo livre, que pode ser implementado a qualquer momento, basta a vontade dos pilotos em dispender um tempo a mais em benefício da maior segurança para todos que voam como esporte e como lazer.

31 maio 2010

voo 447

Um ano depois da tragédia com o avião da Air France um grande mistério sobre o que aconteceu naquele voo permanece.
Mais de 20 milhões de euros gastos nas buscas e investigações, e ainda sem respostas, e sem as caixas pretas, que estão no fundo do mar.
A importância das investigações, segundo depoimentos, é para evitar que outros acidentes semelhantes aconteçam. Fica a idéia e exemplo do empenho feito na área da aviação civil para apontar causas e buscar a excelência do serviço que prestam.
Há no voo livre alguma forma de elucidar os acidentes, mesmos que para isto seja necessário apontar falhas humanas? Em competições oficiais os acidentes são relatados e avaliados? Os sítios de voo tem recomendações e cuidados divulgados com o objetivo de proteger os pilotos? O que pode ser feito para aumentar a segurança e qualificar o voo livre?

29 maio 2010

poesia pendurada no céu



Maria João e Mário Laginha, artistas portugueses, interpretam Beatriz, de Chico Buarque
...olha
será que é uma estrela?
será que é mentira?
...a vida da atriz
se ela um dia despencar do céu
e se os pagantes exigirem bis
e se um arcanjo passar o chapéu...

http://www.youtube.com/watch?v=KAggWL7WuGo&feature=player_embedded&eurl=http%3A%2F%2Fblip.fm%2Fprofile%2Fandpetry%2Fplaylist

26 maio 2010

paragliders ESTOURAM como balões de festa

Experiências para comparar:
1 - um Astral 6 todo enrrolado, depois de uma série de colapsos, cai sobre um muro, muitos rasgos num painel do extradorso;
2 - uma vela Ellus 2, inflada no vento forte de praia, girou e caiu de boca na grama, rasgou 30 cm na costura de uma célula quase central, troca de painel;
3 - uma vela Summit XC caiu sobre uma cerca de arame farpado, depois de uma assimétrica, dois rasgos paralelos de 50 e 30 cm de comprimento com 5 cm entre um e outro, troca de painel;
4 - quando espetamos um alfinete num balão cheio, o que acontece? Escapa o ar pelo furo do balão? O balão rasga muito, claro, ele não tem rip stop.
No caso 2 o ar ainda pode escapar pelas bocas, elas estavam contra a grama, mas não estavam fechadas, no caso 3 o fato da vela escoregar sobre as pontas do arame fez ela ragar enquanto caía; se o Astral 6 estava errolado, certamente tinham bolhas de ar com muita pressão interna, o impacto no muro poderia estourar estes balões, aliado a isto algum elemento pontiagudo para iniciar o processo de escapamento do ar e estouro pela pressão interna. Depois de ver o estrago feito no Summit XC, experimentei continuar o rasgo que havia sido feito, e percebi que não era preciso muita força para que ele continuasse rasgando, como a força aplicada não era igual a que causou o rasgo, a direção não foi a mesma, mas não foi difícil romper o tecido, neste caso o rip stop dificulta a operação.
Conclusão: evite impactos fortes da vela quando inflada, ou com bolhas de ar, ela pode se comportar como um balão de festas, mesmo as que tem tecidos de maior gramatura.

08 maio 2010

TRÁFEGO AÉREO

O site Máquinas Voadoras http://www.maquinasvoadoras.com.br/
disponibiliza as imagens de radar do tráfego aéreo de Guarulhos e Congonhas, em tempo real, e também a comunicação por rádio, entre a torre de comando e as aeronaves que chegam e partem destes aeroportos.
Na imagem do radar as aeronaves estão indentificadas pela companhia e o número do voo, depois o código de registro e o modelo; na terceira linha o flight level, FL em pés x 100, abaixo de 5000 pés, FL 50, são descritas as altitudes em pés, FT; na sequência está a velocidade em nós, KT; alguns voos mostram a origem, destino e escala dos dos voos com os indicadores de localidade que podem ser traduzidos no site da REDEMET, veja na aba troposfera.
Veja as cartas aeronáuticas para estes aeroportos em http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb/ com os indicadores de localidade SBGR e SBSP, ou SP marcando UF.
Uma foto da torre de controle de Guarulhos pode ser vista em http://www.panoramio.com/photo/33419403

01 maio 2010

COMISSÃO TÉCNICA

O recente acidente em Santa Teresinha, na Bahia, gerou polêmica com relação à compreensão do que realmente ocorreu; uma COMISSÃO TÉCNICA, para ouvir todos os relatos possíveis e apresentar uma explicação, que até poderia incluir alternativas de interpretação, qualificaria e muito o voo livre, seria o tratamento responsável adequado neste e na maioria dos acidentes que ocorrem nas rampas brasileiras.
Não sei porque as COMISSÕES TÉCNICAS perderam a força e se desfizeram, não sei porque os pilotos deixaram isto acontecer, esse seria um ponto para analisar antes de propormos a formação de COMISSÕES TÉCNICAS, é parte da história do voo livre. Provavelmente vão aparecer os órgão oficiais neste assunto, mas não podemos depender das iniciativas oficias, devemos construir o que é bom para o voo livre por nós mesmos, para depois não sermos atropelados por deliberações absurdas.
Fica a proposta, para ser avaliada, com relação a criação de COMISSÕES TÉCNICAS em todos os sítios de voo.

20 abril 2010

pouco voo / CAMPEONATOS / el niño

A condição climática está dificultando muito o voo livre por aqui, e foi devidamente anunciado, quando em dezembro passado os meteorologistas divulgaram que o El Niño estenderia seus efeitos até maio de 2010. Muita chuva, com inundações e deslizamentos de encostas de morros em vários locais, muitas mortes, e a defesa civil despreparada para minimizar prejuízos e salvar vidas.
No voo livre podemos constatar a redução da possibilidade de voarmos analisando a realização das provas nos campeonatos promovidos nos últimos meses. Entre fevereiro e abril de 2010 os campeonatos de âmbito regional, nacional e internacional tiveram um aproveitamento de apenas 29% das provas possíveis, portanto 2/3 das provas não foram realizadas ou validadas.
No campeonato gaucho este índice é ainda menor: 17%, onde uma prova validou, em outra não foi completada a distância mínima, e quatro canceladas por causa do mau tempo.

No ano passado o aproveitamento no campeonato gaucho foi de 56,25%, onde em três etapas tivemos seis provas, 100%, em outras três etapas 50% das provas validadas, e em duas etapas nenhuma prova realizada por causa das chuvas. Se considerarmos o ano de 2009 depois do inverno, no RS, em cinco etapas tivemos um aproveitamento de 50%, e em outubro provavelmente o El Niño já estava se manifestando, pois duas etapas não tiveram provas realizadas.
Fica a constatação de que fenômenos climáticos conhecidos tem seus efeitos previsíveis, e que o voo livre pode se valer deste conhecimento para maximizar seu rendimento e aproveitamento, especialmente na realização de eventos e competições.

18 abril 2010

ÁREAS RESTRITAS

ÁREA RESTRITA é o espaço aéreo de dimensões definidas, em que o vôo só poderá ser realizado sob condições preestabelecidas. No caso do voo livre as SBR restringem o uso do espaço aéreo para as asas voadoras, e em geral limitam este espaço em até 3000 ou 5000 pés de altitude. Sapiranga tem a SBR 523 delimitada para o voo livre, no Ninho das Águias a SBR 529, e para o Morro do Diabo a SBR 581.
O DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo,
http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb/
através do AIS - Serviços de Informação Aeronáutica, e da AIP - Publicação de Informação Aeronáutica na ENR V, em rota, define as áreas perigosas, proibidas e restritas.
http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb_files/AIP-BRASIL/aip_nac_enr5.pdf
Veja as cartas aeronáuticas para todas as regiões do Brasil, que mostram as várias SBRs no site do Serviço de Informação Aeronáutica, acima indicado.

08 abril 2010

pré VISÃO

Ver antecipadamente, é possível?
A humanidade desenvolveu conhecimento e tecnologia para levar os sentidos do homem onde ele não pode ir.
A visão pode ser perpetuada através de uma simples máquina fotográfica. As câmeras eletrônicas miniaturizadas são levadas ao interior dos nossos corpos para examinar as condições do organismo. Esta tecnologia pode estar a bordo de um avião sem tripulantes para coletar imagens espiãs. As câmeras viajaram em foguetes para serem posicionadas junto aos satélites na órbita da terra e assim vigiar nosso planeta. Radares podem detectar massas de água no interior das nuvens pela reflexão de ondas magnéticas previamente emitidas.
Tragédias não estão sendo evitadas. Falta tecnologia? Falta planejamento? Falta vontade política?
Falta decisão na hora certa, competência.
Lastimamos pelas vítimas das catástrofes que a nutureza tem produzido, com deslizamentos de encostas de morros, terremotos e maremotos, inundações, muitas destas anunciadas previamente, pré-vistas.
A meteorologia não tem colaborado com todo o potencial que já tem para nos ajudar a poupar vidas, esforços na produção agrícola, e em todas as atividades que dependem das condições climáticas. Muita informação atualmente está disponível, mas será que esta informação tem sido devidamente aproveitada?
Pré-ver não é impossível, é preciso acreditar que podemos e temos recursos para prever, planejar e decidir acertadamente.

05 abril 2010

Transparência total

Este é um conceito que esperamos sempre exista na administração de entidades coletivas, sejam públicas ou privadas. Para acompanhar o andamento de um projeto precisamos de dados para avaliação e análise, durante todo o processo. Com base nos relatos que os participantes diariamente enviam sobre o que ocorre nos campeonatos de paraglider podemos avaliar, por exemplo, como se manifesta a condição climática com relação às previsões feitas pelos diversos fornecedores destas previsões. É uma forma eficiente de avaliar quanto temos de acerto.
Outro ponto importante na transparência dos campeonatos é a disponibilização dos track logs dos voos realizados, neste aspecto temos dois bons exemplos com a divulgação feita pelo PWC em http://www.paraglidingworldcup.org/event/2009/brazil, e pelo XC Guia de Voo na primeira etapa do Sulbrasileiro de Paraglider de 2010 em http://xc.guiadevoo.com/Competicoes/Evento.aspx?EVE_ID=160&T=SUL_BRASILEIRO_DE_PARAPENTE_2010; uma grande oportunidade para confrontar os voos na busca de reconhecer estratégias e habilidades, especialmente para quem vivenciou as provas.
Certamente muitos pilotos acompanham de longe e com entusiasmo as provas e o andamento de campeonatos, sempre aguardando informações repassadas pelos organizadores e pelos pilotos. A dimensão do evento é ampliada por esta participação à distância, e mesmo tempos depois, quando temos dados publicados para rever cada prova realizada.
Neste PWC de 2010, em Poços de Caldas, a espectativa está, mais uma vez, na performance das velas, com destaque para os glider de duas linhas.
A semana de provas pode ser acompanhada em diversos sites:
http://www.hipoxia.com.br/pwc2010
relato dos pilotos:
http://xc.guiadevoo.com/blogs/Claytin_fly.aspx
http://bigodenoar.blogspot.com/
http://tonynegreiros.blogspot.com/
para avaliar a previsão e a possiblidade de realização das provas veja:
http://www.windguru.cz/pt/index.php?vs=1&sc=238039

assim voa a humanidade

28 março 2010

TROPOSFERA

1 - descobri como sabem que a temperatura do oceano está mais alta:
através das imagens de satélite por infra-vermelho, veja em site da NASA:
http://wwwghcc.msfc.nasa.gov/GOES/satellitedescription.html
e também em http://weather.msfc.nasa.gov/irgrp/lst_goes.html

2 - veja imagens do satélite GOES em

http://weather.msfc.nasa.gov/GOES/

3 - veja que incrível as imagens do vapor de água se deslocando no planeta
http://weather.msfc.nasa.gov/GOES/globalwv.html

4 - veja mais sobre o Infrared Measurements Group em:
http://weather.msfc.nasa.gov/irgrp/

e tb sobre o Marshall Space Flight Center Earth Science Office
http://weather.msfc.nasa.gov/

assim voa a humanidade

23 março 2010

TROFÉU PARA FOTO


agora compreendi !!!!
já sabia que quem aparece na foto, recebendo o troféu, nem sempre é quem de direito deveria recebê-lo
sempre tem um representante a postos para não deixar a foto em branco
agora tb já sei que nem sempre o troféu representa o que deveria representar
ele pode ser a classificação de uma prova não válida para o Campeonato Gaucho de Paraglider
significa que o cara pode ter uma estante cheia de troféus, e muitos destes serem de provas não válidas
e a foto sempre vai estar garantida,
pois o troféu para foto tb está lá

isto tá resolvido


agora, na minha sincera e discordante opinião, esta forma de resolver um problema cria outros:

- uma etapa com provas não validadas podem deixar de ter seus reais motivos sem esclarecimento, e isto deixa de contribuir para a reflexão e análise da realidade de cada situação

- a falta de divulgação dos dados da prova impede que análises sejam feitas, e com isto propostas de melhoria tb deixam de ser possíveis

- a falta de informação impede que todos participem do debate

...

assim voa a humanidade

14 março 2010

O que é um CB?

O artigo CUIDADO, CUMULONIMBUS NA ÁREA!, divulgado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica esclarece de forma clara e sucinta, descrevendo o que ocasiona e como se desenvolve um CB, e quais os tipos de ocorrência. Alguns conceitos importantes para o voo livre também são definidos, como a questão da instabilidade, pois é aí que sempre queremos estar para subir numa termal. O link para o artigo: http://www.redemet.aer.mil.br/Artigos/cumulonimbus.pdf

02 março 2010

Peso das velas

A tabela acima mostra o peso dos paragliders para os tamanhos correspondentes ao M e L das diversas marcas, e os modelos com LTF 2 e 2-3.
Organizei estes dados obtidos das tabelas com dados técnicos nos sites dos fabricantes, com o objetivo de comparar e avaliar o que acontece com os diversos modelos de paragliders.
Voando inicialmente velas feitas com materiais mais pesados e depois as velas mais leves, percebi que as infladas são bem mais fáceis com os gliders mais leves, e imagino que depois de uma fechada lateral ou front os gliders mais leves sejam mais rápidos para reinflarem, pois oferecem menos resistência às pressões internas.
Penso que um bom momento para comparar a performance das velas quanto ao seu peso seja nas situações com pouco vento para as decolagens, onde em geral os materiais mais pesados oferecem mais dificuldade nas infladas.
Fica a questão do peso das velas como sugestão para buscarmos um maior conhecimento sobre a performance dos paragliders que estão voando por aí.

25 fevereiro 2010

COMPROMETIMENTO

sobre acidentes fatais temos muitas opiniões, indignações, lástimas, sentimentos de fragilidade aguçados...

e por aí vai...

mas falta COMPROMETIMENTO, e isto é responsabilidade de todos

para mim, a melhor forma de mostrar comprometimento com a avaliação das falhas cometidas seria através de COMISSÕES TÉCNICAS em todas as instâncias:

clubes, locais de voo, federações estaduais, instâncias nacionais

sei que a ABP tem um relátório para ser preenchido em caso de acidentes, mas nunca vi um destes preenchido

provas de campeonatos deveriam ter relatórios assinados por uma comissão técnica, para apontar acertos e falhas em cada prova, isto ajudaria nas provas seguintes a serem desenhadas naqueles locais, mesmo em anos posteriores

o avanço de conhecimento se obtém no tempo, na soma de fatos, e os relatos servem para registrar este conhecimento

um novato poderia antes de decolar de uma rampa que ele não conhece ter acesso a uma série de informações sobre esta rampa, como dificuldades, cuidados, acidentes e incidentes ocorridos

o site Guia 4 Ventos tem a informação sobre as rampas, incluindo o grau de dificuldade para o voo em cada local, mas estas informações deveriam ser constantemente reavaliadas por comissões técnicas especialmente designadas para isto

enquanto pensarem que ler listas de voo é suficiente, não estarão dispondo nenhum minuto de seu tempo para contribuir na melhoria do voo livre no Brasil

do alto da sabedoria de muitos poderíamos ter algo bem mais eficiente e que contribuísse para que o voo livre no Brasil fosse muito mais eficiente e seguro, é necessário dedicar algum tempo disponível para organizar e reunir os conteúdos que promovam este esporte, pois os esforços isolados ainda não são suficientes

e voar tembém icluí a reflexão sobre o voo, antes e especialmente depois do voo

21 fevereiro 2010

LIBERDADE


Muitos procuram a sensação de liberdade em atividades com movimentos ou em locais amplos, como a água ou o ar. Velocidade e altitude também estão associadas à idéia de liberdade.
O voo livre é livre por não depender de propulsão mecânica.
A bordo de nossos paragliders estamos livres para descobrirmos locais de sustentação, seja no lift ou em termais, alguns escolhem o prego. Dependemos de ar ascendente para nos sustentar, e estamos determinados pelas forças da gravidade. Os nossos aparelhos sofrem colapsos quando mais precisamos deles, e é aí que nos agarramos como gatos se agarram ao ar enquanto caem depois de saltar de uma árvore.
A gravidade nos aprisiona o tempo inteiro, são raros os momentos em que não sentimos esta força nos puxando para baixo, e muitos preferem capacetes abertos pois acham que os integrais restringem esta sensação de liberdade, mesmo que assim possam estar mais sujeitos a lesões em caso de acidentes.
O voo é livre, mas nem sempre estamos livres para pensar. Muitos reproduzem aquilo que seus pais acreditavam, e não cogitam emitir opinião difenrente daquela dominante no grupo onde estão inseridos. Pensar diferente, exercer a liberdade de opinião, é um momento difícil de vivenciar, pode até dar frio na barriga, pois certamente estaremos expostos ao confronto.
Se somos capazes de tanto esforço para superar a gravidade, nem que seja por um breve momento, porque não seria possível por outro breve momento olharmos algo com outros olhos, na busca de uma nova compreensão do mundo, e assim contribuirmos para o avanço da Humanidade.

"Há hora para tudo, inclusive para mudar de idéia, por isto muitos homens podem se sentir livres".

Escrevi esta frase na conclusão de outros argumentos, mas gostaria de deixar registrada uma idéia que pode ser válida em muitos momentos, especialmente quando voamos livres.

19 fevereiro 2010

CURVATURA DAS VELAS

A curvatura tem sido cada vez mais valorizada no projeto dos novos paragliders, na busca de melhor performance. Quanto uma vela é mais curvada que outra? Na observação direta fica difícil a comparação, por isto fiz uma coleção de fotos, que deve ser ampliada, com vistas o mais frontais ou posteriores possível para que possamos comparar algumas velas.
Importante considerar o primeiro exemplo com o Saber da Edel, um projeto com mais de 10 anos e que serve de parâmetro, e o Astral 6 da Swing, que é um dos últimos paragliders lançados e com a maior curvatura.



Voando velas DHV 2 mais arqueadas, percebi que são mais sensíveis, como se braços mais longos podem demonstrar antes as turbulências por onde passamos, exigindo uma pilotagem mais ativa. A aparente instabilidade na verdade é compensada pelo giro da vela quando ela sofre uma fechada numa das pontas, o centro da vela se desloca e ela segue voando para frente.

18 fevereiro 2010

SULBRASILEIRO: pilotos de ponta confrontando marcas

Apenas uma prova de 34,7 km definiu a etapa gaucha do Sulbrasileiro, em Nova Petrópolis, em função da condição climática, onde sete pilotos chegaram ao gol, voando Air Wave, Swing, Sol e UP; as marcas Macpara, Ozone, Advance, Niviuk, AirCross, Gim, ProDesign, Skywalk e Windtech também tiveram paragliders pilotados no campeonato, com a presença de muitos pilotos de ponta e também dealers, que marcaram o evento. Todos buscando garantir boas posições no ranking e ampliar a divulgação das marcas que representam. Isto certamente contribui na escolha de um equipamento pelos pilotos de todos os níveis.
A Sol trouxe nova versão do Tracer, agora 22, e como estratégia quatro pilotos com gliders nas mesmas cores, branco azul e laranja, dificultando assim a identificação destes pilotos durante a prova.
Os três primeiros classificados em cada uma das categorias pilotaram as marcas: na Open a Air Wave/FR5-XR5, Swing/WRC, e Sol/Tracer Proto, nesta ordem; na Serial a Air Wave, com o Magic 5 em primeiro e terceiro lugares, e a Sol com o Torck em segundo; na Serial Light a ProDesign com o Jalpa 75 em primeiro, a Advance com o Sigma 7 em segundo, e a Swing com o novo Astral 6 em terceiro.
Confira os resultados do Sulbrasileiro e os pilotos que participaram em
http://xc.guiadevoo.com/Competicoes/Evento.aspx?EVE_ID=160&T=SUL_BRASILEIRO_DE_PARAPENTE_2010

15 fevereiro 2010

voar em Gravatal SC

O Morro Seco, ou Morro de Fátima, permite a decolagem para todos os quadrantes, com um desnível de 500 metros e muitos pastos para pouso. O visual é muito bonito, e pode-se avistar a lagoa da cidade de Laguna ao longe, sendo mais um ponto especial para o voo contemplativo nesta região. Ótimas térmicas se formam cedo por estar próximo ao mar. A subida para a rampa tem o trecho final bastante íngreme, dificultando o acesso aos carros com tração dianteira, que podem ficar estacionados numa área um pouco abaixo do topo.
A primeira etapa do CCP/2010 teve uma organização excepcional, com realização de provas nos dias 6 e 7 de fevereiro, demosnatrando o potencial da região para os voos de cross.
Decolagem na direção sul, onde se pode avistar a cidade de Tubarão ao fundo. Veja mais fotos em http://picasaweb.google.com/petryabr

31 janeiro 2010

Calendário 2010

Campeonato Gaucho de Paraglider

13 e 14 de fevereiro - Nova Petrópolis - 1ª Etapa

20 e 21 de março - Morrinhos do Sul - 2ª Etapa

27 e 28 de março - Rolante -3ª Etapa

25 e 26 de setembro - São Vendelino - 4ª Etapa

16 e 17 de outubro - Igrejinha - 5ª Etapa

06 e 07 de novembro (A confirmar) - Agudo - 6ª Etapa

27 e 28 de novembro - Roca Sales - 7ª Etapa

04 e 05 de dezembro - Sapiranga - 8ª Etapa


Campeonato Sulbrasileiro de Paraglider

13 a 16 de fevereiro - Nova Petrópolis/RS - 1ª Etapa

14 a 16 de maio - Gaspar/SC - 2ª Etapa

30 outubro a 02 de novembro - Tibagi/PR - 3ª Etapa

27 janeiro 2010

ASTRAL 6 primeiras impressões

Na decolagem com o Astral 6, da Swing, fiquei surpreso: minha intenção era fazer algumas puxadas para conhecer a vela, mas ela é muito leve, 5.4 quilos, quando subiu ameaçou avançar, uma leve segurada e ela ficou parada na cabeça, querendo voar, e entrou um vento que me tirou do chão levemente, foi show, não consigo derrubar uma vela quando ela está querendo voar, nas decolagens seguintes esta performance se repetiu.
A vela mostra instantaneamente as turbulências, reage bem aos comandos, e também se estabiliza rapidamente, quer dizer manobrabilidade, ela é muito ágil.
O ponto principal da vela parece ser o planeio, 9,6 segundo o fabricante, avancei bastante contra vento, nas tiradas foi fácil seguir as linhas de sustentação, e consegui aproveitar ascendentes bem fracas.
Sou fã das velas bem arqueadas, o Astral 6 tem ratio de 6.4, elas tem uma performance muito conectada com a turbulencia do ar, pense que quando a vela toca alguma turbulencia é como um braço maior, e ao menor sinal você já sabe e já pode reagir, enquanto isto uma área proporcionalmente grande ainda mantém a estabilidade da vela, me pareceu que a vela gira para compensar a área fechada.

17 janeiro 2010

posição de proteção ao piloto

O pouso com forte impacto contra o solo, decorrente de aceleração causada por assimétrica e consequente giro do paraglider, resultou em lesões nos músculos das minhas costas, no dia 02/01/10, em Morrinhos do Sul, RS.
Relatos de outros casos, possivelmente com impactos mais fortes, resultaram em fraturas de braços e/ou pernas, além de fissuras em vértebras.
Segundo uma fisioterapeuta, o cérebro ao perceber que vai ocorrer o impacto envia o comando para que os músculos se contraiam, aumentando a proteção do corpo, mas com o impacto partes do corpo são estancadas e outras continuam sendo lançadas na direção do solo, provocando o estiramento de alguns músculos, que se rompem quando se distendem, que foi o meu caso.
Segundo Frank Brown, no seu curso, o piloto deve adotar a posição fetal no caso de catrapo. Tenho observado que sempre que sofro um colapso, especialmente o front, tendo a me encolher na selete, me sentindo como uma tartaruga, pois a única coisa concreta que sobra é o casco, a selete. No caso do pouso com impacto contra o solo, vejo que a estratégia da tartaruga rendeu menos estragos, pois nenhum membro foi usado para proteção, braços e pernas são frágeis ao impacto quando não é possível utilizar o movimento de flexão. Quando comprimimos uma vareta ela flexiona e rompe, com nossos membros acontece o mesmo.
Acredito que muitas pessoas sofram fraturas por adotar a estratégia dos gatos quando caem de grande altura: estes ficam como se estivessem em pé, com as patas abertas, e com todos os músculos enrigecidos, mas eles tem mais flexibilidade, e uma musculatura muito forte, podem saltar muitas vezes suas alturas, e quando tocam o solo seus membros flexionam e assim amortecem o peso do corpo.
Outro detalhe a destacar: numa queda é mais importante proteger o corpo do que parar o movimento, por isto em muitos casos é aconselhável rolar, desta forma podemos distribuir o impacto em várias partes do corpo, sem sobrecarregar apenas um ponto da estrutura óssea.
Ficou fácil justificar que a estratégia da tartaruga é perfeita para os pilotos de paraglider se protegerem nos colapsos de suas velas, a própria selete foi pensada como um casco de tartaruga, e foi posissionada na parte mais frágil que temos, as costas, onde a coluna concentra todos os nervos responsáveis pela nossa mobilidade.
Há ainda uma diferença que caracteriza as seletes, onde alguns pilotos voam mais sentados, se acham mais seguros, e outros mais deitados, isto pode influenciar o resultado de um impacto contra o solo. No meu caso, por estar mais deitado, não tive a possibilidade de usar as pernas para absorver o impacto, pois estava encolhido, assim toda a responsabilidade ficou para a espuma e o assento com fibra de carbono e uma camada de poliuretano, que não rompeu. A selete cumpriu seu papel e mostrou sua eficiencia.