14 dezembro 2009

céus do Brasil

No dia 7 de dezembro de 2009 viajei de Salvador a Porto Alegre, cruzando a zona de convergência do Atlântico Sul, um dia antes de uma chuva muito forte em São Paulo; as fotos foram feitas de 11.000 metros, pode-se observar as cloud streets na região da Bahia, uma condição boa para voo; na região sudeste as nuvens estão densas com cobertura total, e os cumulus vistos de cima, alguns de grande potencial; na região de Santa Catarina as nuvens estão isoladas, e voltam a adensar-se próximo a Porto Alegre. A imagem de satélite e a carta SIGWX foram obtidas no site da REDEMET, podemos fazer um comparativo entre as imagens para ter uma idéia de como uma representação gráfica de previsão se confirma na natureza.
Faça o download da imagem para poder ampliar http://picasaweb.google.com/petryabr/SantaTerezinhaBA#5414491574317363330

08 dezembro 2009

voar em Santa Terezinha BA / 1

Santa Terezinha tem condição de voo para muitos quilômetros, mas os ventos são fortes e as nuvens tem muita atividade térmica, o que torna o voo muito técnico, com pilotagem ativa durante todo o percurso.
Na direção Leste/Oeste, a mais comum para o cross, uma cadeia de montanhas de rochas aparentes pode auxiliar o voo, depois de passar pelo Dedo de Deus, como os voadores denominam a pedra Aguda, ao lado da estrada para Itatim.
A rampa da serra do Boqueirão está a 450 m do nível do mar e o pouso 200 m abaixo, para não pregar tem que decolar no ínicio do ciclo, com o vento ainda fraco.

sombra na rampa

as montanhas de rochas na direção de Itatim

a galera baiana na rampa do Boqueirão, sobre o tapete que protege os gliders

voar em Santa Terezinha BA / 2

A serra da Jibóia tem uma rampa muito especial, com decolagem para vento nordeste, com alguns quilômetros de cordilheira para lift, ou a possibilidade de tirar para trás, numa rota ainda pouco explorada. O desnível é maior que na serra do Boqueirão, está a 600 m do nível do mar, mas o pouso em frente é difícil, pois o relevo é acidentado e os campos tem muitas árvores, o ideal é sair para o cross, ou ir até a cidade. Pela altitude da rampa as térmicas estão maiores, mais formadas.


Vista da rampa da serra da Jibóia com a cidade de Castro Alves ao fundo.

Veja voo em: http://www.xcbrasil.org/leonardo/flight/21581

27 novembro 2009

momentos espaciais extraordinários

No dia 16 de Agosto de 1960, o Coronel Joseph Kittinger da Força Aérea dos Estados Unidos fez uma das maiores proezas da história do pára-quedismo. A partir de uma plataforma de balão, por cima do Novo México, alcançou a incrível altitude de 31.300m, muito perto do limiar da fronteira do nosso mundo... e saltou. O salto de Kittinger fez parte de um programa de pesquisa em grande altitude. Demorando cerca de 13 minutos e 45 segundos a chegar à Terra, ultrapassou a velocidade do som na descida naquilo que foi a maior velocidade alcançada por um ser humano através da atmosfera. Incrivelmente, após 50 anos, os recordes de Kittinger - maior altitude em balão, maior salto da pára-quedas, maior velocidade, maior queda livre - nunca foram quebrados.
Leia mais em: http://blog.uncovering.org/archives/2009/09/momentos_espaciais_extraordinarios.html

26 novembro 2009

a maior montanha artificial do mundo

The Berg poderá ser a maior montanha artificial do mundo:
um projeto que surgiu como protesto, em Berlim, e ganhou força pela proposta de inserir na cideda uma área de turismo, esportes e muitas outras atividades; veja os detalhes no site
http://ow.ly/164uMV

13 novembro 2009

SEGURANÇA em campeonatos de paraglider

Tangará é o melhor lugar para voo XC no sul do Brasil, na opinião de muitos pilotos. Recentemente foi realizada a etapa catarinense do Sulbrasileiro de Paraglider com provas de 60 e 100 km, e muitos pilotos chegando ao gol.
Um alto ídice de acidentes marcaram os tres dias de competição, com várias arborizadas no entorno da rampa, pousos causando lesões em pés, fratura de clavícula e vértebras, no caso mais grave. Outros incidentes como choque entre pilotos na rampa durante a decolagem e entre paragliders em voo, e o caso de duplo voando e pousando na rampa durante a janela de decolagem, também indicam que algumas medidas devem ser pensadas para proteger os competidores e não tirar o brilho do espetáculo que é assistir o conjunto de paragliders girando as térmicas próximas da rampa.
O stress na rampa foi grande, e muitos pilotos só conseguiram decolar depois de abrir o start, pois o grande número de pilotos inscritos e o vento fraco atrasou as decolagens.
Outro campeonato, este no RS, também registrou vários acidentes, na etapa de Igrejinha do Gaucho, onde a condição fraca determinou que todos os competidores ficassem liftando num trecho muito pequeno da montanha com risco de colisão, mas os pousos é que tiveram as maiores dificuldes com paraca passando cerca mas o piloto não, desvio de fio de luz e pouso de encontro a cerca, estolada sobre pedras porque o campo chegou ao fim, pouso em campos íngremes e cheio de pedras grandes, ou com árvores recentemente cortadas, e ainda pouso no quintal de uma casa na área urbana.
Detecto a partir destes acontecimentos que pode ser feito um estudo, com o objetivo de avaliar cada local de voo, que defina quantos competidores podem voar simultaneamente, considerando todas as condições climáticas em que o voo livre é possível, bem como as características físicas que a rampa oferece para decolagem.
A rampa de decolagem deve ser organizada da melhor forma possível, com comando claro e objetivo, e equipe de apoio para posicionar os gliders, toda ajuda aos pilotos é nescessária para agilizar as decolagens.
Locais com pousos restritos não devem ser recomendados para sediar provas, ou este fator deve determinar o nível dos pilotos que podem participar, ou ainda, estas restrições de pouso devem ser amplamente divulgadas aos pilotos.
Comissões de segurança designadas para cada prova poderiam ao final do dia apresentar um relatório, descrevendo todas as ocorrências resultates da falta de segurança e de regras não observadas, os acidentes e incidentes, com o objetivo de avaliar e propor melhorias em benefício de cada um dos pilotos, e do voo livre como um todo.
Voar em provas é um grande desafio que faz crescer e aprimorar os pilotos, é muito importante estimular a participação, e espero que os erros de hoje se revertam em acertos no futuro.

SEGUNDA linha de freios

No último PWC uma novidade bastante comentada foi o uso da segunda linha de freios, experimentei e considero que os resultados foram bons: as curvas são feitas com uma menor redução de velocidade, o que demanda menor taxa de queda, com isto subimos mais na térmica; outro fator importante é que se tem a possibilidade de fazer a curva com uma menor inclinação da vela, o corpo para o outro lado ajuda a manter a vela o mais horizontal possível, mantendo assim uma área maior de sustentação.
fig 1 mostra a forma original
fig 2 mostra a alternativa que usei para experimentar o comportamento do último setor de freios quando acionado isoladamente
fig 3 mostra o esquema como ficaria com a alteração para duas linhas
fig 4 mostra a alteração que deve ser feita para corrigir o deslocamento do eixo na direção ao centro do paraca, já que a perna externa foi retirada, menos uma componente de força faz mudar a geometria para o equilíbrio do acionamento dos dois setores centrais.
Uma forma de refazer a geometria seria tencionar todas as linhas com elásticos, até conseguir a forma real que elas se colocam, depois marcar os pontos da borda do paraca, para que este perfil não seja alterado, depois disto refazer os angulos combinados com a direção da força de acionamento dos freios, mudando o tamanho de algumas linhas.

01 outubro 2009

esteira de turbulência


uma imagem para ser lembrada, é a esteira de turbulência de uma pequena aeronave, publicado no artigo Introdução à Meteorologia Aeronáutica, do prof. Cabral, em
http://www.oaviao.com.br/oaviao_novo/meteorologia/prof_cabral/introducao_meteorologia.pdf

30 setembro 2009

REDEMET

O site da REDEMET, Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica, é um dos mais completos para a análise meteorológica, pela variedade de produtos que oferece, como cartas, meteogramas, gráficos SkewT, e imagens de satélite por exemplo.
Na ilustração detalhe de uma carta SIGWX.

sonda meteorológica - Meteotek08




Como são? como funcionam? São resgatadas?
Um projeto de 4 alunos orientados por seu professor, Jordi Fanals Oriol, na Espanha, resultou em dados e imagens obtidas por uma sonda construída por eles, e que atingiu a altitude de 30.677 metros. Veja as fotos em http://www.flickr.com/photos/meteotek08/ ou visite o site do projeto em http://teslabs.com/meteotek08/ escrito em catalão mas que logo no início tem o link para a tradução. As fotos são fantásticas.

cloud streets

O Google Earth evita imagens com nuvens, para mostrar a topografia e as cidades, mas na região de Castro Alves - BA, Brasil, pode-se visualizar cloud streets bem características para os voos de XC; reparem nos ciclos de formação das nuvens e nas sequências das menores para as maiores.
http://earth.google.com/intl/pt-BR/
Santa Teresinha está a 12 km de Castro Alves, e é o local de voo da Claudinha, veja os voos dela para ter uma idéia do potencial do local em http://www.xcbrasil.org/leonardo/tracks/world/2009/brand:all,cat:1,class:all,xctype:all,club:all,pilot:0_157,takeoff:all

Outras imagens interessantes de cloud streets obtidas de balão de hélio no site http://www.natrium42.com/halo/flight2/

29 setembro 2009

IQ BASIC / GPS


novidade: IQ BASIC / GPS, da Brauniger, de baixo custo e com o GPS integrado que indica a velocidade e direção dos ventos, e os cilidros de entrada ou saida para as provas, por exemplo; veja os detalhes e faça as comparações no site http://www.brauniger.com/english/products/iq_basic_gps/operation.html

consulte preço com Boni - Fator Fly School carlosbonifacio@yahoo.com

27 setembro 2009

voos XC

Vários sites fazem o registro e ranking de voos XC, no Brasil e no mundo, como o XC Guia de Voo, o XC Brasil, outros internacionais vinculados à FAI; interessante destacar o site da Online Contest, OLC, que estabelece as regras para computar os voos de XC, e que também faz o ranking dos voos enviados no prazo de até 14 dias depois de realizado. Para enviar os voos descarregados do GPS, vários programas são aceitos, como o DumpGPS, gratuito, e o CompeGPS, através dos arquivos com extenção IGC. Na aba XC estão os links para estes sites.

24 setembro 2009

Mantra M3 - Ozone

Veja como Sérgio Rocha contou da sua experiência de voar com o Mantra M3:
Se você for fazer uma transição para o 2-3, acho que do summit XC para o Mantra M3 é um degrau consciente e possível, realmente o que a reportagem diz sobre performance utilizável e equilíbrio se sobresaiu nessa vela, fui com o .... (Omega 7) mãos altas tirando contra vento em um passeio na frente do morro em Tangará, ar estável, stabilos colados, em 200m à frente do morro ele já estava 10m abaixo de mim, iniciamos uma curva suave de mesma abertura à direita, ele embaixo, daí é que não teve graça, em curva suave funciona o encolhimento do perfil e não o efeito flap no Mantra M3 e daí o Omega afundou, ao chegarmos no morro de novo a diferença era de 50m, testamos mais de uma vez e fiquei maravilhado, embaixo no pouso, no controle de solo fácil, a decolagem foi muito fácil também, provoquei front e abriu de forma rápida e explosiva, os tirantes A pra frontear são muito mais pesados que os do summit, a pressão interna é absurda, para provocar orelhas tentei stabilo mas a pressão interna é muito grande e não consegui (claro que se forçasse tinha que ceder, mas não forcei), puxei um tirante A inteiro e assimétrica de 50% cai com o corpo junto, voou reto com meia vela e só uma leve atuação no lado aberto recuperou sozinho, sem tendência ao mergulho com elástico e giro, tudo isso foi induzido.
Agora em colapsos reais, coloquei baixo na cordilheira da pedreira em Tangará, ela fica atrás de outra cordilheira e estava rotorizada, assimétrica real de 50% baixo para pousar a 5 m do chão e a vela seguiu reto com pouca atuação e quando toco o chão já está aberta, detalhe fiz questão de pousar no acostamento da estrada e jogar a vela na graminha, isso com fechamento e tudo!
Sinceramente, eu já voei outros 2-3, o trango 2 inclusive e sou fã declarado da UP, mas indiscutivelmente é o melhor projeto atual 2-3 e dentro dessa homologação a vela mais equilibrada que já voei, a Ozone conseguiu, são novos conceitos.
Imagine uma carga alar de 3.5, o Aircross Usport tem 4.0 a 4.5 de carga alar e sem dúvida vai ser mais rápido que o M3, só que quero ver homem para afundar o pé em uma vela pequena com essa carga alar, ao fechar é um 2-3, só que pelo tamanho as reações são tão rápidas que um colapso que vc teria tempo para resolver em uma vela maior, nessa vela menor a janela de atuação correta é bem pequena, isso significa que se vc não for perfeito, vai ampliar a porcaria e não resolvê-la isso que chamam de vela arisca, ou como o pessoal diz, homologa 2-3 mas quando fecha é um competição, sem dúvida, pois a janela de correção é pequena!!
Outra coisa, bati na térmica e ela não mordeu, simplesmente entrou e subiu, sem aquele cabeceio para trás e posterior correção, ela simplesmente entra e vc só acerta inclinação com o corpo e um pouco o giro com o braço, isso significa que durante um vôo longo, menos atuação no freio, na média uma maior performance, pois meteu a mão no freio a vela perde performance, bom, coloquei 2000m em Tangará, enquanto os outros tiraram com 1500m inclusive tracer, poison, omega 7, e aquele competition swing, apesar que anallisar a altura é meio pernicioso, devo ter acertado na veia aquela que furou o camada de inversão, mas mesmo assim, de 40 pilotos só eu com o Mantra M3 acertamos...

Sondagem da atmosfera

Na lista Paratche http://br.groups.yahoo.com/group/paratche/ foi debatido o tema das sondagens da atmosfera e como analisar os dados e gráficos.
Veja os gráficos Skew-T fornecidos pela University of Wyoming, Department of Atmospheric Science em: http://weather.uwyo.edu/upperair/sounding.html
No sul do Brasil o Gruma - Grupo de Modelagem Atmosférica de Santa Maria, realiza sondagens diárias em algumas regiões, http://www.gruma.ufsm.br/gruma/sonda_santamaria.php
Para comprender e analisar os gráficos, avaliando quais as melhores condições para voar, foi sugerido o artigo
“TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE SONDAGENS ATMOSFÉRICAS E SUA APLICAÇÃO NO VOO À VELA, E TEVE MEDO DE PERGUNTAR…” disponível em: http://www.vooavela.net/artigos/Antonio_Mota/RA_2002_Mota_Sonda.pdf
Veja outros links sobre o estudo da atmosfera na coluna ao lado em TROPOSFERA

Trango XC


Após uma década na classe de desempenho, a família Trango está pronta para a próxima geração - e desta vez temos algo muito especial na loja para você! Feito para levar a palavra 'performance' para o próximo nível.
UP Trango XC - melhor desempenho de vela certificada, é a máquina de 3 linhas que voa rápido e fácil, é sensível e ajuda o piloto a centrar rapidamente. Dizemos que tem um SENSACIONAL EQUILÍBRIO.
Apenas 3 linhas, A, B e C, tal como o Up Edge. Menos arrasto e mais desempenho. No novo Trango XC o conceito de 3-linhas é reforçado pela segunda geração de trimmers, onde o aerofolio inteiro é mudado quando os trimmers são aplicados, de modo que, embora a vela fique mais lenta numa subida tudo é quase perfeito, e o curso dos freios não são alterados.

Este novo desenho melhora a movimentação e reduz o arrasto induzido nos estabilizadores.

Legislação para o voo livre

Recentemente na lista Paratche http://br.groups.yahoo.com/group/paratche/ tivemos uma discussão sobre a legislação que diz respeito ao voo livre.
O primeiro impasse se concentrou nas definições de esporte formal e não formal, descritos no 217º da Constituição Brasileira, http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/22/Consti.htm
O artigo 217º é regulamentado pela Lei do Esporte - Lei Pelé http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1998/9615.htm
A ANAC é responsável pelo regulamento que estabelece regras e procedimentos para o voo livre, através da RBHA 104 http://www.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha104.pdf
Encontramos um artigo muito esclarecedor sobre o formal e o não formal na prática desportiva publicado na Revista Brasileira de Direito Desportivo - RBDD Nº. 10, e atualmente divulgado no site da OAB de São Paulo: http://www2.oabsp.org.br/asp/esa/comunicacao/artigos/justica_desportiva.pdf
O Projeto de Lei Nº 403 de 2005, de autoria do Senador Efraim Morais, que estabelece regras para a prática de esportes radicais ou de aventura no País, está tramitando no Senado; veja o texto em
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/getPDF.asp?t=44093 e os detalhes do andamento em http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/Detalhes.asp?p_cod_mate=76080
Um parecer da Comissão de Assuntos Sociais, de 2007, faz alterações no texto original, http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/getPDF.asp?t=23886
Através do Ministério do Turismo o assunto do esporte de aventura desenvolveu-se a ponto de normas serem elaboradas pela ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas; são 13 normas em vigor, que regulam o turismo de aventura como um todo e em várias modalidades; veja a lista das normas em http://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx refinando a pesquisa com a palavra "aventura".
A busca de argumentos para a nossa discussão levantou estes dados que devem ser avaliados e incrementados com fatos recentes que podem alterar as conclusões a que venhamos a chegar.
Fica aqui a contribuição para o acesso a estes muitos documentos que abarcam o voo livre e as leis e normas vigentes, a partir das quais podemos ampliar o debate.

23 setembro 2009

paraca 2010

um blog com informações para quem voa com paraglider

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