25 junho 2010

cross country no RS


No Rio Grande do Sul, todo ano, de julho a julho, é realizado o CAMPEONATO CHARLES FERRAZ DE CROSS COUNTRY DE PARAGLIDER, computando os três voos de maior distância de cada piloto.

Na tabela abaixo fica o registro dos voos realizados num período marcado pela ação do El Niño.

Parabéns a todos que buscaram fazer bons voos, com tão poucas oportunidades, condicionadas pelo clima desfavorável.

02 junho 2010

SEGURANÇA / comissões técnicas



Promover maior segurança no voo livre É UM DEVER cotidiano, por parte de cada piloto, de cada Clube, pelas instâncias estaduais e nacionais, e em cada sítio de voo.

O projeto CPEA da ABP propõe a avaliação de acidentes de forma bastante abrangente, quase como se fosse um inquérito policial, prevendo inclusive perícia de materias; é um esforço importante, espero que se desenvolva para trazer benefícios ao voo livre.

A segurança e prevenção de acidentes deve ser cotidianamente pensada e implementada, especialmente através de ações educativas, e em todos os sítios de voo. Precisamos criar ações muito próximas a todos os pilotos, novatos e experientes.

Uma rampa com vários casos de arborizadas nas decolagens requer análise para detectar causas prováveis, e promover ações preventivas. As etapas de campeonatos e festivais precisam ser analisados sob o ponto de vista dos acidentes ocorridos, que depois de relatados e avaliados permitam propor soluções para que não se repitam.

Tenho acompanhado etapas de campeonatos com média de um acidente/incidente para cada 25 pilotos participantes, é um índice muito alto, precisamos reduzir isto, perguntando: o que está errado? os sítios são próprios para a realização de etapas de campeonatos? existem pousos adequados em todo trajeto da prova? a média dos voos na região, durante o ano, são equivalentes aos definidos para uma prova com mais de 20 km? os tetos na região permitem os voos de termal para alcançar os pilões? o número de participantes é adequado às condições da rampa? as datas privilegiam a melhor época para voar naquele local, considerando o microclima? Neste caso a responsabilidade sobre a segurança começa na definição dos locais e datas que vão sediar as etapas.

A criação de Comissões Técnicas em cada sítio de voo, compostas por pilotos dispostos a colaborar, seria uma medida importante para promover a segurança. Estas Comissões estariam incumbidas de relatar os acidentes/incidentes, quantificar e analisar, podendo pedir auxílio a pilotos mais experientes, sempre que necessário. Com os resultados de uma análise podemos propor ações educativas, definir o tipo de voo que potencialmente a região oferece, e até desaconselhar o voo em algum local de maior risco, ou com alto índice de acidentes. A informação sobre os sítio de voo é muito importante para promover a segurança, pois pilotos inexperientes ou desavisados podem repetir erros comuns.

Minha sugestão é que pequenas Comissões Técnicas podem promover ações muito importantes para que seja reduzido o índice de acidentes no voo livre, no Brasil, pois o reconhecimento ao trabalho de uma equipe legitima suas deliberações, e as ações se tornam mais eficazes. Cada sítio ou Clube de voo tem condições de organizar um grupo para trabalhar em benefício da segurança e com isto promover o voo livre na sua região, divulgando suas ações em todos os veículos possíveís, atingindo os pilotos que ali vooam e o público em geral.

A troca de experiências é fundamental para que as ações que demosntram eficiência possam ser aproveitadas por outros grupos no trabalho pela segurança no voo livre.

Este é o desenho de um projeto simples para promover a segurança no voo livre, que pode ser implementado a qualquer momento, basta a vontade dos pilotos em dispender um tempo a mais em benefício da maior segurança para todos que voam como esporte e como lazer.