18 julho 2011

16 julho 2011

2-liners safety

As experimentações são fundamentais para o avanço da ciência e da tecnologia, onde a constante reavaliação dos resultados pode redefinir os rumos a serem adotados em seus projetos. Neste momento histórico da evolução do paraglider é difícil reunir dados e informações para quem está distante do centro dos debates mais atuais, mas com esforço nunca será impossível compreender e formar opinião.
O conjunto de fatos que culminaram com o encerramento do Mundial em Piedrahita impõe que os projetos para os novos paragliders tenham suas diretrizes reavaliadas, e neste sentido, uma conclusão parece significativa, foi apresentada em 22 de junho no ParaglidingForum.com, por Adrian Thomas, atualmente na equipe Gin, quando levantaram a questão sobre a segurança nos paragliders de dois tirantes:


"A diferença entre os 2 e 3 tirantes é que antes você tinha colapsos, mas você poderia sempre reverter quando tudo desse errado. Agora você quase nunca tem colapsos, mas se tudo der errado, você precisa lançar o reserva".
http://paraglidingforum.com/viewtopic.php?t=40016


Adrian Thomas foi campeão britânico em 2006 e 2009, é professor de Biomecânica da Universidade de Oxford, e participa do grupo de pesquisa em voos de animais no departamento de Zoologia, tem um profundo conhecimento de aerodinâmica do paraglider, o que lhe permite contribuir no teste e desenvolvimento de parapentes de competição. Adrian tem voado seu Boomerang 8 em campeonatos na Europa.
http://www.gingliders.com/paragliding/showdetails.php?id=199


Para os próximos passos a Ozone declarou em seu site: 
"Estes são tempos difíceis para a nossa pequena comunidade. Nós estamos atentos para os fatos e faremos tudo ao nosso alcance para ajudar os pilotos e encontrar soluções significativas, num nível filosófico e técnico, para os problemas destacados por estes incidentes".

Todos comprometidos com o voo livre certamente poderão contribuir e participar dos novos rumos do voo com paraglider, alterando posturas e propondo alternativas para qualificar esta prática esportiva.

experimentações para voar:

sem intradorso

Ozone XXLite: Lightweight R&D from Ozone Paragliders on Vimeo.

lâmina da morte


DEATHBLADE 13.01 wings of change
from Markus Gründhammer on Vimeo.
web2.vs250208.vserver.de/cms/index.php

um tirante - Sol One


www.solparagliders.com.br/midias/content/view/368

exemplo brasileiro


esta imagem está divulgada no site da Federação Francesa de Voo Livre:
parapente.ffvl.fr
exemplo de como um município reconhece a importância do voo livre

14 julho 2011

Permity to Fly

O termo Permity to Fly tem seu significado descrito no terceiro parágrafo do REGULAMENTO DO CAMPEONATO BRASILEIRO 2011, elaborado pela Liga Brasileira de Competidores de Parapente em concordância com a Associação Brasileira de Voo Livre - ABVL:


"Pilotos voando parapentes não certificados que ainda não entraram em produção (menos de 10 protótipos produzidos) devem obrigatoriamente apresentar o documento “Permit to Fly” emitido pelo fabricante, no momento de sua inscrição".


Esta regra diz que os pilotos de ponta, que disputam o Campeonato Brasileiro, estão dispostos a experimentar projetos novos de paragliders, apenas com uma Licença de Voo emitida pelo fabricante do equipamento. Assim, os pilotos brasileiros podem assumir a categoria de pilotos de prova para paragliders em teste, e isto num confronto que leva o nome do Brasil. Considerando esta determinação dos pilotos brasileiros, a nova resolução da Fédération Aéronautique Internationale - FAI, que suspende a certificação de paragliders Competition Class, fica sem sentido prático e torna o debate sobre segurança no voo livre infundado. 


É melhor voarmos, cada um elege onde melhor vai estar pendurado.

deu defeito

A bola da vez são os paragliders competition, depois dos acidentes no Campeonato Mundial, quando a Federação Aeronáutica Internacional suspendeu temporariamente sua certificação.


A FAI calssifica os paragliders em quatro categorias:
• Paragliders Homologados, com certificação EN926: são os gliders que passaram com sucesso nos testes para EN926-1 e EN926-2 e receberam a certificação apropriada EN-A, B, C ou D;
• Paragliders Classe Competição: gliders registrados no site CIVL, que obtiveram um certificado demonstrando que estão de acordo com os critérios específicos para esta categoria, como resistência estrutural com testes de carga de 800kg em choque e sustentação, e também das linhas para força 23G e individualmente; também deve ser apresentado, pelo fabricante, um vídeo demonstrando o comportamento do glider numa série de manobras, e um relatório descrevendo porque o glider não obteria a Homologação, entre outras requisições;
Classe Open: todas as outras velas não certificadas ou homologadas;
Protótipos: todos os paragliders das classes acima que tenham sido modificados e/ou alterada sua configuração.

Nas regras consta:
"Todos parapentes e equipamentos associados devem ter desempenho satisfatório e com padrão de aeronavegabilidade capaz de atender às demandas de campeonatos internacionais".

Os eventos FAI 1, de primeira categoria, são os de abrangência mundial ou continental, e os eventos FAI 2, de segunda categoria, são os Campeonatos Internacionais ou Campeonatos Nacionais Abertos; para estes eventos são aceitos paragliders Homologados e/ou Certificados, os das classes Open e Protótipos não participam das competições apoiadas pela FAI.
No momento que uma certificação é suspensa, é retirada a possibilidade do equipamento participar de um evento FAI, ele automaticamente passa para a categoria Open. 

Na maioria das regras dos campeonatos no Brasil a categoria Open compreende todos os gliders participantes, na Serial os homologados DHV 2-3 / EN-D, e na categoria Light os homologados até DHV 2 / EN-C. Aqui não há regras ou limitações para os equipamentos, desta forma cabe acatar ou não as determinações da FAI.
No regulamento do Campeonato Brasileiro 2011 consta:
"1.11. Categorias: 
Open e Feminino, não havendo distinção entre equipamentos Open e Serial.  A premiação de outras categorias será permitida ao organizador da etapa"

Na Alemanha a DHV determinou que: 
"Voos realizados com parapentes tipo não testado após esta data não serão pontuados para as competições DHV-XC ou Campeonato Nacional Alemão de Cross Country".
Na Espanha e Itália as Federações Nacionais aceitarão apenas equipamentos homologados nas próximas competições a serem realizadas.

Como repercussão, até o momento, temos a polêmica sobre SEGURANÇA no voo livre, com a questão: a quem compete a decisão sobre os riscos a serem assumidos no voo? 
A FAI demonstrou a sua parcela de responsabilidade enquanto organizadora de eventos aeronáuticos e entidade com mais de 100 anos de história, dando um passo atrás e encerrando o Mundial de Piedrahita, e assim, repassando aos pilotos e fabricantes a oportunidade de discutir e propor alternativas para seguir o avanço tecnológico no voo livre com paraglider.