20 abril 2010

pouco voo / CAMPEONATOS / el niño

A condição climática está dificultando muito o voo livre por aqui, e foi devidamente anunciado, quando em dezembro passado os meteorologistas divulgaram que o El Niño estenderia seus efeitos até maio de 2010. Muita chuva, com inundações e deslizamentos de encostas de morros em vários locais, muitas mortes, e a defesa civil despreparada para minimizar prejuízos e salvar vidas.
No voo livre podemos constatar a redução da possibilidade de voarmos analisando a realização das provas nos campeonatos promovidos nos últimos meses. Entre fevereiro e abril de 2010 os campeonatos de âmbito regional, nacional e internacional tiveram um aproveitamento de apenas 29% das provas possíveis, portanto 2/3 das provas não foram realizadas ou validadas.
No campeonato gaucho este índice é ainda menor: 17%, onde uma prova validou, em outra não foi completada a distância mínima, e quatro canceladas por causa do mau tempo.

No ano passado o aproveitamento no campeonato gaucho foi de 56,25%, onde em três etapas tivemos seis provas, 100%, em outras três etapas 50% das provas validadas, e em duas etapas nenhuma prova realizada por causa das chuvas. Se considerarmos o ano de 2009 depois do inverno, no RS, em cinco etapas tivemos um aproveitamento de 50%, e em outubro provavelmente o El Niño já estava se manifestando, pois duas etapas não tiveram provas realizadas.
Fica a constatação de que fenômenos climáticos conhecidos tem seus efeitos previsíveis, e que o voo livre pode se valer deste conhecimento para maximizar seu rendimento e aproveitamento, especialmente na realização de eventos e competições.

18 abril 2010

ÁREAS RESTRITAS

ÁREA RESTRITA é o espaço aéreo de dimensões definidas, em que o vôo só poderá ser realizado sob condições preestabelecidas. No caso do voo livre as SBR restringem o uso do espaço aéreo para as asas voadoras, e em geral limitam este espaço em até 3000 ou 5000 pés de altitude. Sapiranga tem a SBR 523 delimitada para o voo livre, no Ninho das Águias a SBR 529, e para o Morro do Diabo a SBR 581.
O DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo,
http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb/
através do AIS - Serviços de Informação Aeronáutica, e da AIP - Publicação de Informação Aeronáutica na ENR V, em rota, define as áreas perigosas, proibidas e restritas.
http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb_files/AIP-BRASIL/aip_nac_enr5.pdf
Veja as cartas aeronáuticas para todas as regiões do Brasil, que mostram as várias SBRs no site do Serviço de Informação Aeronáutica, acima indicado.

08 abril 2010

pré VISÃO

Ver antecipadamente, é possível?
A humanidade desenvolveu conhecimento e tecnologia para levar os sentidos do homem onde ele não pode ir.
A visão pode ser perpetuada através de uma simples máquina fotográfica. As câmeras eletrônicas miniaturizadas são levadas ao interior dos nossos corpos para examinar as condições do organismo. Esta tecnologia pode estar a bordo de um avião sem tripulantes para coletar imagens espiãs. As câmeras viajaram em foguetes para serem posicionadas junto aos satélites na órbita da terra e assim vigiar nosso planeta. Radares podem detectar massas de água no interior das nuvens pela reflexão de ondas magnéticas previamente emitidas.
Tragédias não estão sendo evitadas. Falta tecnologia? Falta planejamento? Falta vontade política?
Falta decisão na hora certa, competência.
Lastimamos pelas vítimas das catástrofes que a nutureza tem produzido, com deslizamentos de encostas de morros, terremotos e maremotos, inundações, muitas destas anunciadas previamente, pré-vistas.
A meteorologia não tem colaborado com todo o potencial que já tem para nos ajudar a poupar vidas, esforços na produção agrícola, e em todas as atividades que dependem das condições climáticas. Muita informação atualmente está disponível, mas será que esta informação tem sido devidamente aproveitada?
Pré-ver não é impossível, é preciso acreditar que podemos e temos recursos para prever, planejar e decidir acertadamente.

05 abril 2010

Transparência total

Este é um conceito que esperamos sempre exista na administração de entidades coletivas, sejam públicas ou privadas. Para acompanhar o andamento de um projeto precisamos de dados para avaliação e análise, durante todo o processo. Com base nos relatos que os participantes diariamente enviam sobre o que ocorre nos campeonatos de paraglider podemos avaliar, por exemplo, como se manifesta a condição climática com relação às previsões feitas pelos diversos fornecedores destas previsões. É uma forma eficiente de avaliar quanto temos de acerto.
Outro ponto importante na transparência dos campeonatos é a disponibilização dos track logs dos voos realizados, neste aspecto temos dois bons exemplos com a divulgação feita pelo PWC em http://www.paraglidingworldcup.org/event/2009/brazil, e pelo XC Guia de Voo na primeira etapa do Sulbrasileiro de Paraglider de 2010 em http://xc.guiadevoo.com/Competicoes/Evento.aspx?EVE_ID=160&T=SUL_BRASILEIRO_DE_PARAPENTE_2010; uma grande oportunidade para confrontar os voos na busca de reconhecer estratégias e habilidades, especialmente para quem vivenciou as provas.
Certamente muitos pilotos acompanham de longe e com entusiasmo as provas e o andamento de campeonatos, sempre aguardando informações repassadas pelos organizadores e pelos pilotos. A dimensão do evento é ampliada por esta participação à distância, e mesmo tempos depois, quando temos dados publicados para rever cada prova realizada.
Neste PWC de 2010, em Poços de Caldas, a espectativa está, mais uma vez, na performance das velas, com destaque para os glider de duas linhas.
A semana de provas pode ser acompanhada em diversos sites:
http://www.hipoxia.com.br/pwc2010
relato dos pilotos:
http://xc.guiadevoo.com/blogs/Claytin_fly.aspx
http://bigodenoar.blogspot.com/
http://tonynegreiros.blogspot.com/
para avaliar a previsão e a possiblidade de realização das provas veja:
http://www.windguru.cz/pt/index.php?vs=1&sc=238039

assim voa a humanidade