25 fevereiro 2010

COMPROMETIMENTO

sobre acidentes fatais temos muitas opiniões, indignações, lástimas, sentimentos de fragilidade aguçados...

e por aí vai...

mas falta COMPROMETIMENTO, e isto é responsabilidade de todos

para mim, a melhor forma de mostrar comprometimento com a avaliação das falhas cometidas seria através de COMISSÕES TÉCNICAS em todas as instâncias:

clubes, locais de voo, federações estaduais, instâncias nacionais

sei que a ABP tem um relátório para ser preenchido em caso de acidentes, mas nunca vi um destes preenchido

provas de campeonatos deveriam ter relatórios assinados por uma comissão técnica, para apontar acertos e falhas em cada prova, isto ajudaria nas provas seguintes a serem desenhadas naqueles locais, mesmo em anos posteriores

o avanço de conhecimento se obtém no tempo, na soma de fatos, e os relatos servem para registrar este conhecimento

um novato poderia antes de decolar de uma rampa que ele não conhece ter acesso a uma série de informações sobre esta rampa, como dificuldades, cuidados, acidentes e incidentes ocorridos

o site Guia 4 Ventos tem a informação sobre as rampas, incluindo o grau de dificuldade para o voo em cada local, mas estas informações deveriam ser constantemente reavaliadas por comissões técnicas especialmente designadas para isto

enquanto pensarem que ler listas de voo é suficiente, não estarão dispondo nenhum minuto de seu tempo para contribuir na melhoria do voo livre no Brasil

do alto da sabedoria de muitos poderíamos ter algo bem mais eficiente e que contribuísse para que o voo livre no Brasil fosse muito mais eficiente e seguro, é necessário dedicar algum tempo disponível para organizar e reunir os conteúdos que promovam este esporte, pois os esforços isolados ainda não são suficientes

e voar tembém icluí a reflexão sobre o voo, antes e especialmente depois do voo

21 fevereiro 2010

LIBERDADE


Muitos procuram a sensação de liberdade em atividades com movimentos ou em locais amplos, como a água ou o ar. Velocidade e altitude também estão associadas à idéia de liberdade.
O voo livre é livre por não depender de propulsão mecânica.
A bordo de nossos paragliders estamos livres para descobrirmos locais de sustentação, seja no lift ou em termais, alguns escolhem o prego. Dependemos de ar ascendente para nos sustentar, e estamos determinados pelas forças da gravidade. Os nossos aparelhos sofrem colapsos quando mais precisamos deles, e é aí que nos agarramos como gatos se agarram ao ar enquanto caem depois de saltar de uma árvore.
A gravidade nos aprisiona o tempo inteiro, são raros os momentos em que não sentimos esta força nos puxando para baixo, e muitos preferem capacetes abertos pois acham que os integrais restringem esta sensação de liberdade, mesmo que assim possam estar mais sujeitos a lesões em caso de acidentes.
O voo é livre, mas nem sempre estamos livres para pensar. Muitos reproduzem aquilo que seus pais acreditavam, e não cogitam emitir opinião difenrente daquela dominante no grupo onde estão inseridos. Pensar diferente, exercer a liberdade de opinião, é um momento difícil de vivenciar, pode até dar frio na barriga, pois certamente estaremos expostos ao confronto.
Se somos capazes de tanto esforço para superar a gravidade, nem que seja por um breve momento, porque não seria possível por outro breve momento olharmos algo com outros olhos, na busca de uma nova compreensão do mundo, e assim contribuirmos para o avanço da Humanidade.

"Há hora para tudo, inclusive para mudar de idéia, por isto muitos homens podem se sentir livres".

Escrevi esta frase na conclusão de outros argumentos, mas gostaria de deixar registrada uma idéia que pode ser válida em muitos momentos, especialmente quando voamos livres.

19 fevereiro 2010

CURVATURA DAS VELAS

A curvatura tem sido cada vez mais valorizada no projeto dos novos paragliders, na busca de melhor performance. Quanto uma vela é mais curvada que outra? Na observação direta fica difícil a comparação, por isto fiz uma coleção de fotos, que deve ser ampliada, com vistas o mais frontais ou posteriores possível para que possamos comparar algumas velas.
Importante considerar o primeiro exemplo com o Saber da Edel, um projeto com mais de 10 anos e que serve de parâmetro, e o Astral 6 da Swing, que é um dos últimos paragliders lançados e com a maior curvatura.



Voando velas DHV 2 mais arqueadas, percebi que são mais sensíveis, como se braços mais longos podem demonstrar antes as turbulências por onde passamos, exigindo uma pilotagem mais ativa. A aparente instabilidade na verdade é compensada pelo giro da vela quando ela sofre uma fechada numa das pontas, o centro da vela se desloca e ela segue voando para frente.

18 fevereiro 2010

SULBRASILEIRO: pilotos de ponta confrontando marcas

Apenas uma prova de 34,7 km definiu a etapa gaucha do Sulbrasileiro, em Nova Petrópolis, em função da condição climática, onde sete pilotos chegaram ao gol, voando Air Wave, Swing, Sol e UP; as marcas Macpara, Ozone, Advance, Niviuk, AirCross, Gim, ProDesign, Skywalk e Windtech também tiveram paragliders pilotados no campeonato, com a presença de muitos pilotos de ponta e também dealers, que marcaram o evento. Todos buscando garantir boas posições no ranking e ampliar a divulgação das marcas que representam. Isto certamente contribui na escolha de um equipamento pelos pilotos de todos os níveis.
A Sol trouxe nova versão do Tracer, agora 22, e como estratégia quatro pilotos com gliders nas mesmas cores, branco azul e laranja, dificultando assim a identificação destes pilotos durante a prova.
Os três primeiros classificados em cada uma das categorias pilotaram as marcas: na Open a Air Wave/FR5-XR5, Swing/WRC, e Sol/Tracer Proto, nesta ordem; na Serial a Air Wave, com o Magic 5 em primeiro e terceiro lugares, e a Sol com o Torck em segundo; na Serial Light a ProDesign com o Jalpa 75 em primeiro, a Advance com o Sigma 7 em segundo, e a Swing com o novo Astral 6 em terceiro.
Confira os resultados do Sulbrasileiro e os pilotos que participaram em
http://xc.guiadevoo.com/Competicoes/Evento.aspx?EVE_ID=160&T=SUL_BRASILEIRO_DE_PARAPENTE_2010

15 fevereiro 2010

voar em Gravatal SC

O Morro Seco, ou Morro de Fátima, permite a decolagem para todos os quadrantes, com um desnível de 500 metros e muitos pastos para pouso. O visual é muito bonito, e pode-se avistar a lagoa da cidade de Laguna ao longe, sendo mais um ponto especial para o voo contemplativo nesta região. Ótimas térmicas se formam cedo por estar próximo ao mar. A subida para a rampa tem o trecho final bastante íngreme, dificultando o acesso aos carros com tração dianteira, que podem ficar estacionados numa área um pouco abaixo do topo.
A primeira etapa do CCP/2010 teve uma organização excepcional, com realização de provas nos dias 6 e 7 de fevereiro, demosnatrando o potencial da região para os voos de cross.
Decolagem na direção sul, onde se pode avistar a cidade de Tubarão ao fundo. Veja mais fotos em http://picasaweb.google.com/petryabr