29 julho 2010

previsão de ventos e rajadas

NOVIDADE: o windguru está divulgando a previsão das rajadas, veja exemplo em
http://www.windguru.cz/pt/index.php?vs=1&sc=218800
ou na aba previsões vá direto à previsão do local que lhe interessa.

JARAGUÁ, e depois?

O paraíso do voo livre, Jaraguá, oferece condições ideais aos voos de cross country para pilotos com todas as classes de gliders. Piloto com vela DHV 1/2 faz mais de 100 km, é surpreendente. A rampa ampliada e quiosques são as novidades de 2010. XCerrado entra para o calendário do voo no Brasil, em julho. Pilotos locais formaram uma equipe exemplar na organização da competição, e na recepção a todos que vieram de vários Estados.
A condição para o voo é fantástica, permite voos de longa distância com tetos muitas vezes acima de 3.000 metros do nível do mar. Reduzir um voo em Jaraguá aos quilômetros percorridos é pouco, são tantos detalhes novos que a maioria dos pilotos experimentam que fica difícil relatar todos eles, ou as conversas são longas na volta dos resgates, com as  muitas histórias que cada um tem para contar. Ser recebido em Morro Agudo com foguetes e churrasco é muito bom. Ter carona do pessoal local antes de dobrar a vela é comum.

E depois, quando voltamos para nossos sitios de voo, qual a comparação possível?
No RS raramente temos teto acima de 1.500 metros, nem todas montanhas possiblitam sair para trás, muitas regiões com pousos restritos pelo relevo acidentado e matas preservadas nas encostas, áreas urbanas na linha de possíveis tiradas. Fernando Gabeira disse que para conhecer seu país é preciso sair dele.

Vários pilotos do RS ficaram nas primeiras posições do XCerrado. Aqui, em geral, as térmicas são fracas e muitas vezes a diversão possível é liftar e treinar o giro para subir nas ascendentes. Talvez uma condição mais amena permita conhecer com mais tranquilidade a dinâmica das termais, e com isto aprimorar a pilotagem. Alguns pilotos ficaram nauseados com a turbulência das termais, em Jaraguá.

Jaraguá GO julho/2010

12 julho 2010

NOVA ETAPA no projeto dos paragliders

Os paragliders lançados nos últimos meses têm uma característica comum: a utilização de rigid foil para aumentar a estabilidade da forma das velas, e com isto reduzir a quantidade de linhas, que por sua vez reduz o arrasto e aumenta a performance em relação à velocidade.
Vendo de perto várias velas, pode-se observar no detalhe como cada projeto utilizou o recurso do rigd foil, em geral para garantir o perfil do bordo de ataque, e também para ampliar a distribuição das forças nos pontos de ancoragem das linhas; neste caso é interessante a solução adotada no U Sport, onde o rigd foil está em forma de arco no ponto em que as linhas se unem à vela. O Stratus Core, competition da Swing, tem três setores com rigid foil, no sentido transversal da vela. No Mantra R10.2 o bordo de ataque está estruturado desde o intradorso até o extra dorso com uma peça inteira de rigid foil ao longo da costura das células, e tem apenas sete linhas em cada lado, presas a dois tirantes, o A com quatro linhas, e o B com tres. O Boomerang GTO tem o rigid foil no centro das células, no extra dorso, o que visivelmente garante a forma do bordo de ataque e as bocas de entrada de ar perfeitamente abertas. O Trango XC usa o rigid foil ao longo das costuras das células, e são mais longos nos pontos onde as linhas do tirante A se unem à vela.
Os Paragliders DHV 2 também estão estruturados com rigid foil, combinados com as placas de Kevlar para reduzí-las e manter a forma do bordo de ataque. O Astral 6, da Swing, e o Synergy 4, da Sol, usam este recurso.
Temos aí um recuso técnico usado no projeto dos paragliders e que marca o início desta nova década.
As fotos mostram um Boomerang 7 e um Mantra R10.2, que começaram a voar no RS, na última semana.

2010 um ano com poucos voos pelo planeta

Poucas provas foram realizadas ou validadas nas etapas do PWC em 2010, a condição climática tem sido severa pelo planeta nos últimos meses.

Itália       1 prova e meia - julho
Grécia    4 provas - junho
China     2 provas e mais nem meia - junho
Japão     4 provas e mais nem meia, só duas valeram 1000 - maio
Brasil     2 provas - abril

Faltam a etapa de Portugal, em agosto, e a superfinal na Turquia, em setembro.

Parece que o clima não está colaborando com o voo livre em 2010, fica comprovado pelos resultados até aqui.
A natureza tem provocado fortes chuvas e enchentes, e agoras fortes calores na América do Norte, com previsão de frio bem abaixo da média para o hemisfério sul, que atingirá até o Acre, nesta semana.

Mais informações sobre as previsões na região sul veja em http://www.metsul.com/blog/

10 julho 2010

03 julho 2010

voo contemplativo no NINHO DAS ÁGUIAS


Foram 102 minutos de permanência num lift com termais em bolhas que se alternavam ao longo da cordilheira, uma boa oportunidade para observar os ciclos com que estas bolhas apareciam para que os paragliders subissem com elas.
Foi possível encontrar novas termais onde não havia nenhum paraglider, pois enquanto todos subiam num ponto da cordilheira em outro local novas bolhas começavam a se manifestar, com isto o voo se tornou mais longo, até que a atividade térmica ficasse mais fraca, com o sol mais inclinado, e um a um indo para o pouso por falta de sustentação; o teto conseguido foi de 915 metros, 250 acima da rampa, com taxas de subida de 2,8 m/s, no sábado 3 de julho do inverno de 2010, em Nova Petrópolis, RS.


VOO CONTEMPLATIVO: é aquele voo no qual o piloto defruta o prazer de voar, simplesmente, em todos os momentos, obeservando a paisagem, o movimento dos outros paragliders, os urubus e as termais, sem pressa de chegar em algum lugar predeterminado.