14 julho 2011

deu defeito

A bola da vez são os paragliders competition, depois dos acidentes no Campeonato Mundial, quando a Federação Aeronáutica Internacional suspendeu temporariamente sua certificação.


A FAI calssifica os paragliders em quatro categorias:
• Paragliders Homologados, com certificação EN926: são os gliders que passaram com sucesso nos testes para EN926-1 e EN926-2 e receberam a certificação apropriada EN-A, B, C ou D;
• Paragliders Classe Competição: gliders registrados no site CIVL, que obtiveram um certificado demonstrando que estão de acordo com os critérios específicos para esta categoria, como resistência estrutural com testes de carga de 800kg em choque e sustentação, e também das linhas para força 23G e individualmente; também deve ser apresentado, pelo fabricante, um vídeo demonstrando o comportamento do glider numa série de manobras, e um relatório descrevendo porque o glider não obteria a Homologação, entre outras requisições;
Classe Open: todas as outras velas não certificadas ou homologadas;
Protótipos: todos os paragliders das classes acima que tenham sido modificados e/ou alterada sua configuração.

Nas regras consta:
"Todos parapentes e equipamentos associados devem ter desempenho satisfatório e com padrão de aeronavegabilidade capaz de atender às demandas de campeonatos internacionais".

Os eventos FAI 1, de primeira categoria, são os de abrangência mundial ou continental, e os eventos FAI 2, de segunda categoria, são os Campeonatos Internacionais ou Campeonatos Nacionais Abertos; para estes eventos são aceitos paragliders Homologados e/ou Certificados, os das classes Open e Protótipos não participam das competições apoiadas pela FAI.
No momento que uma certificação é suspensa, é retirada a possibilidade do equipamento participar de um evento FAI, ele automaticamente passa para a categoria Open. 

Na maioria das regras dos campeonatos no Brasil a categoria Open compreende todos os gliders participantes, na Serial os homologados DHV 2-3 / EN-D, e na categoria Light os homologados até DHV 2 / EN-C. Aqui não há regras ou limitações para os equipamentos, desta forma cabe acatar ou não as determinações da FAI.
No regulamento do Campeonato Brasileiro 2011 consta:
"1.11. Categorias: 
Open e Feminino, não havendo distinção entre equipamentos Open e Serial.  A premiação de outras categorias será permitida ao organizador da etapa"

Na Alemanha a DHV determinou que: 
"Voos realizados com parapentes tipo não testado após esta data não serão pontuados para as competições DHV-XC ou Campeonato Nacional Alemão de Cross Country".
Na Espanha e Itália as Federações Nacionais aceitarão apenas equipamentos homologados nas próximas competições a serem realizadas.

Como repercussão, até o momento, temos a polêmica sobre SEGURANÇA no voo livre, com a questão: a quem compete a decisão sobre os riscos a serem assumidos no voo? 
A FAI demonstrou a sua parcela de responsabilidade enquanto organizadora de eventos aeronáuticos e entidade com mais de 100 anos de história, dando um passo atrás e encerrando o Mundial de Piedrahita, e assim, repassando aos pilotos e fabricantes a oportunidade de discutir e propor alternativas para seguir o avanço tecnológico no voo livre com paraglider.

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