13 novembro 2009

SEGURANÇA em campeonatos de paraglider

Tangará é o melhor lugar para voo XC no sul do Brasil, na opinião de muitos pilotos. Recentemente foi realizada a etapa catarinense do Sulbrasileiro de Paraglider com provas de 60 e 100 km, e muitos pilotos chegando ao gol.
Um alto ídice de acidentes marcaram os tres dias de competição, com várias arborizadas no entorno da rampa, pousos causando lesões em pés, fratura de clavícula e vértebras, no caso mais grave. Outros incidentes como choque entre pilotos na rampa durante a decolagem e entre paragliders em voo, e o caso de duplo voando e pousando na rampa durante a janela de decolagem, também indicam que algumas medidas devem ser pensadas para proteger os competidores e não tirar o brilho do espetáculo que é assistir o conjunto de paragliders girando as térmicas próximas da rampa.
O stress na rampa foi grande, e muitos pilotos só conseguiram decolar depois de abrir o start, pois o grande número de pilotos inscritos e o vento fraco atrasou as decolagens.
Outro campeonato, este no RS, também registrou vários acidentes, na etapa de Igrejinha do Gaucho, onde a condição fraca determinou que todos os competidores ficassem liftando num trecho muito pequeno da montanha com risco de colisão, mas os pousos é que tiveram as maiores dificuldes com paraca passando cerca mas o piloto não, desvio de fio de luz e pouso de encontro a cerca, estolada sobre pedras porque o campo chegou ao fim, pouso em campos íngremes e cheio de pedras grandes, ou com árvores recentemente cortadas, e ainda pouso no quintal de uma casa na área urbana.
Detecto a partir destes acontecimentos que pode ser feito um estudo, com o objetivo de avaliar cada local de voo, que defina quantos competidores podem voar simultaneamente, considerando todas as condições climáticas em que o voo livre é possível, bem como as características físicas que a rampa oferece para decolagem.
A rampa de decolagem deve ser organizada da melhor forma possível, com comando claro e objetivo, e equipe de apoio para posicionar os gliders, toda ajuda aos pilotos é nescessária para agilizar as decolagens.
Locais com pousos restritos não devem ser recomendados para sediar provas, ou este fator deve determinar o nível dos pilotos que podem participar, ou ainda, estas restrições de pouso devem ser amplamente divulgadas aos pilotos.
Comissões de segurança designadas para cada prova poderiam ao final do dia apresentar um relatório, descrevendo todas as ocorrências resultates da falta de segurança e de regras não observadas, os acidentes e incidentes, com o objetivo de avaliar e propor melhorias em benefício de cada um dos pilotos, e do voo livre como um todo.
Voar em provas é um grande desafio que faz crescer e aprimorar os pilotos, é muito importante estimular a participação, e espero que os erros de hoje se revertam em acertos no futuro.

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